O mundo do futebol deu uma importante mensagem neste último fim de semana. Após o atacante Vinícius Júnior ser vítima de ataques racistas na cidade de Valência, no domingo (21), craques do esporte, torcedores e autoridades expressaram apoio ao brasileiro. Em contramão, a posição da La Liga é de proteção ao Campeonato Espanhol, na tentativa de fortalecer a ideia de que o torneio se apresenta como um local acolhedor. A Polícia Espanhola também gerou debate ao tomar uma decisão polêmica sobre os suspeitos de atacarem o craque do Real Madrid.
Segundo informações do jornal ABC, a Polícia soltou os três homens, com idade entre 18 e 21 anos, que prestaram depoimento sobre o caso de racismo sofrido pelo camisa 20 do time Merengue. O atentado no Estádio Mestalla foi o 10° ataque racista direcionado a Vini Jr em um intervalo de um pouco mais de um ano. Além dos suspeitos liberados pelas autoridades de Valência, quatro pessoas chegaram a ser presas em Madrid por uma ação preconceituosa feita em janeiro.
Na época, um boneco simulando Vinícius foi pendurado com uma corda no pescoço às vésperas do clássico com o Atlético de Madrid, quando o craque da Seleção foi exposto em manifestações racistas. Apesar dos inúmeros casos desrespeitosos direcionados ao jovem brasileiro ao passar dos últimos messes, o quadro teve grande mudança neste último ato no Mestalla.
Com o apoio da CBF, da FIFA, da própria Federação Espanhola (órgão distinto da La Liga) e outras entidades, Vinícius Júnior vem engrossando o tom frente ao racismo praticado no país europeu. Dentre as pautas indicadas pelas manifestações pró Vini, pedem-se leis mais rígidas em relação a preconceitos sociais de raça e uma postura diferente da La Liga, que chegou a questionar os argumentos do jogador na figura do presidente Javier Tebas.
