Com uma pane no início da partida, o Grêmio viu o sonho de chegar à semifinal da Libertadores ir para o ralo e Renato Portaluppi precisou explicar a derrota por 4 a 1 frente ao Santos, na Vila Belmiro. Um duro revés quase que um ano depois da vexatória queda na semifinal da competição contra o Flamengo, que aplicou 5 a 0 no jogo de volta, no Maracanã.

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Em 2020, o Grêmio cai ainda nas quartas de final e diante de um adversário que a maioria da imprensa esportiva considerava mais frágil. Mas o que se viu desde o início do jogo – na verdade, desde a partida na semana passada, em Porto Alegre – foi um Santos ligado e fiel à tática dirigida pelo técnico Cuca. Ao final do primeiro tempo, o Peixe já ganhava por 2 a 0, com gols de Kaio Jorge e Marinho e obrigou Renato a alterar o plano de jogo.

Em entrevista coletiva pós-jogo, Renato adotou discurso político com méritos ao Santos pela classificação, mas sem deixar de cobrar o elenco pela desatenção do início. “Não adianta a gente ficar aqui dando desculpas. O Santos foi melhor, e ponto. A gente não esteve bem nos 180 minutos”, avaliou o técnico.

“Nosso maior problema foi tomar o gol com 11 segundos. Acho que esse gol pode ir até para o livro dos recordes. E, aí, tudo muda. Dá moral para o adversário, que já tinha uma vantagem. Mas a culpa é minha. Eu sempre vou defender meu grupo, eu sou o escudo desses meninos. Meu grupo é muito bom”, completou Renato, sem citar nomes.

No único momento de tensão na coletiva, todavia, o comandante do Imortal rechaçou a possibilidade de considerar o placar um vexame, assim como foi contra o Flamengo. Ele respondeu ao jornalista Bruno Flores, da rádio Grenal:

“Nessas horas tem gente que gosta de apunhalar, de falar algumas coisas muito fortes. Sei lá o que passa na cabeça dessas pessoas. O Grêmio não dá vexame. Mas o nosso vexame é chegar em todas as competições, esse é o problema do Grêmio”

Fora da Libertadores, o Grêmio não tem tempo a perder e tem que virar rapidamente a “chave” – no próximo sábado (19), o time de Renato encara o Sport, na Ilha do Retiro, às 19h (horário de Brasília).