Há 23 anos, oCruzeirofazia história e conquistava seu segundo título daCopa Libertadores, quando em um13 de agosto, lá em 1997, a Raposa, com gol marcado por Elivélton,derrotou o Sporting Cristalpor 1 a 0, no Mineirão, e ficou com a taça.Naquela partida decisiva, o Mineirão recebeu95.472pagantes, para uma renda de R$ 888.072,50. Corrigido pelo IPCA, o valor corresponderia a mais R$ 3,5 mi. Já o público presente chegou a106.853.

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O gol cruzeirense saiu apenas aos 30 minutos do segundo tempo. Após cobrança de escanteio de Nonato, a defesa peruana rebateu, e a bola sobrou para Elivélton, que de pé direito chutou forte e contou com falha do goleiro do Cristal, Julio Cesar Balerio, para balançaras redes e a fazer a festa dos torcedores cruzeirenses espalhados pelo mundo.
A partida de ida, em Lima, no Peru, foi bastante equilibrada e terminou com empate sem gols. Antes, o time celeste superou oEl Nacional, do Equador nas oitavas de final,Grêmionas quartase oColo Colo, do Chile nas semifinais.Na primeira fase, com nove pontos ganhos, a Raposa ficou em segundo lugar no Grupo 4, que tinha Grêmio, Sporting Cristal e Alianza Lima, os dois, do Peru;

Foto: Arquivo site oficial Cruzeiro EC. – Jogadores festejando o título da Libertadores.
A arrancada celeste começou com vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, no então Estádio Olímpico, no dia 12 de março. Seis dias depois, a vítima foi o Alianza Lima e mais uma vitória, dessa vez, por2 a 0. Em 11 de abril, a vítima da vez foi o Sporting Cristal, que perdeu para a Raposa por2 a 1. Mesmo com boas vitórias, o Cruzeiroterminou com o segundo lugar no Grupo 4 e avançou para as fases finais.
Noprimeiro confrontoeliminatório, veio o drama dos pênaltis, mas nesse caso, o Cruzeiro estava bem preparado, pois tinha o gigante Dida defendendo sua meta. Com 1,96m de altura e 2m de envergadura, o goleiro encaixou a cobrança do equatoriano Chalá, do El Nacional, e garantiu a vitória estrelada por 5 a 3.
O time passou pelo Grêmio nas quartas no tempo normal, mas nas semifinais voltou a decidir a vaga na marca da cal. Dida, de novo como herói, defendeu dois chutes dos chilenos Basay e Espina, do Colo Colo, e facilitou a vida dos batedores cruzeirenses Ricardinho, Donizete, Fabinho e Marcelo Ramos, que fecharam o placar em 4 a 1.
Nas finais, o Cruzeiro lidaria como Sporting Cristal, que já tinha encarado na fase de grupos, onde cada equipe ganhou seu jogo como mandante. No mata-mata, os peruanos játinham deixado para trás os tradicionais argentinos Vélez Sársfield e Racing Club, além do “encardido” boliviano Bolívar. Parada dura para a Raposa.
A decisão reservou dois cenários. Na ida, em 6 de agosto, em partida disputada no Estádio Nacional de Lima, os clubes fizeram jogo aberto e criaram boas chances, mas os goleiros fizeram seus nomes e a partida terminou em um emocionante 0 a 0.Na volta, em 13 de agosto, o confronto ficou mais tenso. E foram os peruanos que tiveram a grande oportunidade, aos 20min do segundo tempo. Solano cobrou falta e Dida deu rebote, na sobra, Julinho teve tudo para fazer o gol, mas o goleiro do Cruzeiro conseguiu se recuperar e defendeu com a perna direita. Dez minutos depois,Elivéltonse eternizou como protagonista e marcou, num chute despretensioso, o gol do título.
Ficha técnica da final:
CRUZEIRO 1 x 0 SPORTING CRISTAL (PER)
Cruzeiro:Dida, Vitor, Gelson, Gottardo, Nonato, Fabinho, Ricardinho (Da Silva), Donizete Oliveira, Palhinha, Marcelo Ramos, Elivélton. Técnico: Paulo Autuori
Sporting Cristal (PER):Julio Cesar Balerio, Jose Soto, Manuel Marengo, Marcelo Asteggiano, Erick Torres (Roger Serrano), Pedro Garay, Nolberto Solano, Julio Rivera, Prince Amoako (Alfredo Carmona), Julinho, Luis Alberto Bonnet (Ismael Alvarado). Técnico: Sérgio Markarian
Gol:Elivélton, 30 do segundo tempo
Data:13/08/1997 (Quarta-feira, 21h50)
Local:Mineirão, em Belo Horizonte
Público:95.472 (R$ 888.072,50)
Árbitro:Javier Castrilli (ARG)
Auxiliares:Luis Olivetto (ARG) e Gerardo Bertoni (ARG)
Cartões amarelos:Fabinho, Nonato (Cruzeiro; Solano e Rivera (Sporting Cristal)








