As diretorias dos grades clubes brasileiros estão buscando estratégias para sobreviver em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Com as competições e atividades paralisadas, as equipes sofrem com a diminuição de receitas e isto fica ainda mais agravado quando credores não cumprem com sua obrigação. No caso do São Paulo, quem tem dívida é o gigante Barcelona.

Rubens Chiri/sãopaulofc.net/Divulgação
Rubens Chiri/sãopaulofc.net/Divulgação

O clube espanholnão teria pagado o valor referente à preferência de compra de Gustavo Maia. No último mês de março, o clube catalou acertou a opção de adquirir o atacante de 19 anos, em um acordo por 1 milhão de euros (cerca de R$ 5 milhões). Mediante o pagamento, os espanhóis tem até o dia 15 de junho para exercer seu direito, pagando mais 3,5 milhões de euros (R$ 20 milhões) por 70% dos direitos econômicos do jovem, que assinaria contrato de cinco anos.

Gustavo Maia: negociado com o Barcelona (Foto: Rubens Chiri/sãopaulofc.net/Divulgação)

Gustavo Maia: negociado com o Barcelona (Foto: Rubens Chiri/sãopaulofc.net/Divulgação)

Durante entrevista à emissora de rádio paulista CBN, Raí analisavaas perdas de receitas do São Paulo, quando fez a revelação.“Demos férias de 20 dias, agora está mais tranquilo.O São Paulo, em uma semana, teve o jogo com o Santos com portões fechados, a bilheteria do jogo do River Plate que não veio, o Barcelona não pagou R$ 5 milhões que estávamos esperando. Tem os atletas e os funcionários, que ganham infinitamente menos e a gente precisa equacionar”, disse odiretor executivo de futebol, segundo relatou o Torcedores.com.

O ex-jogador e ídolo do clube ainda detalhou a negociação com o elenco, que teve 50% do salário e 100% do direito de imagem cortados.“Conversamos com os jogadores.Não é fácil, é uma coisa nova, que envolve dinheiro e é algo incerto, não sabemos até quando isso vai. Negociação coletiva nunca é fácil, mas foi uma conversa sempre com bom senso, aberta. Colocamos que vamos fazer o que é viável e possível. Que eles compreendam na medida do possível que não vão perder nada, mas que precisamos de um prazo”, comentou.

A diretoria ganhou um fôlego com o acerto realizado, mas o futuro ainda é incerto, assim como os próximos passos da economia mundial. A expectativa é pela retomada do bom momento da equipe. “A cada semana é uma realidade diferente. Há duas semanas o Trump falava de economia, agora fechou o país até o fim de abril. Muita coisa nova. Esse acordo é para viabilizar o clube em curto prazo, não tenho dúvida que vamos voltar naquele astral que a gente estava”, completou Raí.