A torcida do Palmeiras vive um misto de sentimentos com o time. O clube foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil recentemente, mas em contrapartida perdeu as finais da Supercopa do Brasil para o Flamengo e, na sequência, foi derrotado pelo Defensa y Justicia-ARG na decisão da Recopa Sul-Americana. As cobranças foram inevitáveis.
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Apesar do elenco considerado bom, a necessidade de reforços se faz notória em meio à maratona que o Verdão enfrenta. Com jogos em um intervalo de 72 horas, poupar os titulares se tornou recorrente. Devido ao tempo curto para treinos, Abel Ferreira não consegue desenvolver um plano de jogo. Na última sexta-feira (16), a derrota no clássico gerou protestos.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Neste domingo (18), o Palestra voltou a campo e empatou com o Botafogo-SP em 0 a 0 pelo Paulistão. Ao término da partida, Abel foi questionado sobre os protestos da torcida palmeirense, que chegou a pichar as paredes da Academia pedindo a saída de jogadores, posicionamento da diretoria e até mesmo recados ao próprio treinador.
O técnico, inclusive, deixou em aberto a possibilidade de deixar o Palmeiras caso entenda que ele é o problme ao clube. “Quero deixar um aviso para toda a gente: quando eu for o problema do clube, eu deixo de ser o problema do clube. Da mesma maneira que decidi em um dia vir para cá, quando o treinador for o problema do clube, nós resolvemos”, desabafou.
“Não tem problema nenhum(as pichações). Podem pintar o que quiserem, xingar o que quiserem, a gente vai lá no outro dia e pinta, lava, coloca verde outra vez”, disse. Sobre a maratona de jogos, o treinador cobrou a diretoria. “Sempre sou eu a dar a cara sobre isso. Não sou eu que decido, que organizo. Sou o treinador. Sobre essas questões alguém do clube tem que dar a cara”, concluiu.