Em novembro do ano passado, o Conselho Fiscal do São Paulo classificou como urgente a necessidade do clube em vender jogadores, principalmente porque em 2021 já estava previsto ser arrecadado cerca de R$ 176 milhões em transferências. Um trecho do documento vai além e detalha o quão crítica é a situação caso as receitas não aumentem.
“Especificamente quanto ao balancete de setembro, constatou-se um resultado financeiro muito ruim, com um custo/despesas aproximadamente 70% maior do que o arrecadado no período (receitas). Os valores de maior relevância estão relacionados ao futebol”, diz um trecho do documento gerado pelo Conselho Fiscal do SPFC.
Por enquanto, a vitrine do futebol brasileiro para vendas realmente não está muito aquecida. Apesar disso, o Tricolor do Morumbi tem um elenco recheado de jovens formados em Cotia, além de já ter revelado outros tantos que brilham na Europa. É o caso de David Neres, do Ajax, que começou a ganhar projeção no Soberano quando Eduardo Bauza saiu para a rápida passagem de André Jardine, em 2016.
Os holandeses recusaram uma proposta de 15 milhões de euros (cerca de R$ 96 milhões) do Shakhtar Donetsk, que segue interessado na joia são-paulina. Entretanto, apesar de ser reserva e ter contrato até junho de 2023, o brasileiro é avaliado na Holanda em 20 milhões de euros (algo em torno de R$ 128 milhões), segundo publicado pelo UOL Esporte. Se for vendido por essas cifras, o Tricolor pode ganhar pelo Mecanismo de Solidariedade da Fifa até R$ 6,4 milhões no negócio.
Aos 24 anos, Neres chegou a viver o melhor momento de Europa até aqui na temporada 2018/19, quando era cotado para ser vendido por valores na casa dos 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 320 milhões). O camisa 7 faz parte da “lista de negociáveis” do Ajax para a janela de inverno, no Velho Continente, e cogita vendê-lo.
