Durante os últimos dias, um dos temas que mais tem sido discutido no futebol brasileiro, tem sido a criação de uma liga para 'reorganizar' o Brasileirão. Para isso, houve uma reunião nesta terça-feira (3), entre 18 dirigentes de equipes da Série A e alguns de times da segunda divisão, Adson Batista, presidente executivo do Atlético-GO estava presente. 

Foto: Paulo Marcos/Atlético-GO - Adson Batista fala sobre 'posição' do Atlético em relação à Liga Brasileira.
Foto: Paulo Marcos/Atlético-GO - Adson Batista fala sobre 'posição' do Atlético em relação à Liga Brasileira.

 

 

Porém, de todas as equipes que se juntaram para assinar o documento que dá início a 'produção' de tal liga, apenas 9 clubes acabaram concordando com as ideias e assim deixando a assinatura: Red Bull Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo na Série A e Cruzeiro e Ponte Preta na Série B. O presidente do Dragão fez parte dos que não assinaram o acordo. 

 

 

Para Adson Batista, as ideias propostas não se encaixam no planejamento do Atlético e ajudam mais outras equipes: "A reunião teve alguns momentos de tensão. Nós temos um grupo que fazemos parte e chegamos aqui com uma ideia de um outro grupo, o ‘grupo dos seis’ para já constituir uma liga, mas sem nenhum estudo e sem entendermos bem o estatuto. Nós recusamos", afirmou Adson. 

 

 

O maior problema para o presidente é a divisão das receitas de transmissão. Isso porque para a Codaja Sports Kapital, sendo a instituição que deve assumir a liga, os direitos ficariam 40% de valores fixos, 30% varia de acordo com a performance esportiva e os outros 30% ficariam reservados às audiências das equipes. Uma próxima reunião vai acontecer no dia 12 de maio para se discutir novamente os processos. 

 

"Eu acho que é injusto, deve ser no mínimo 50% como é nas grandes ligas de futebol pelo mundo", disse Adson em entrevista ao portal Sagres. Porém, o presidente do Dragão ainda crê que o desfecho será positivo e acontecerá a criação da liga: "Acredito que vai avançar, a liga é do interesse de todos. Mas ainda existem muitas situações a serem estudadas, alguns clubes têm que entender que ninguém joga sozinho", concluiu o mandatário.