A Fifaanunciou, nesta sexta-feira (16), um novo formato para o Mundial de Clubes. A primeira mudança é a criação da disputa na modalidade feminina. Já para a modalidade masculina, a alteração é no formato da competição. O presidente da entidade de futebol, Gianni Infantino, deu detalhes sobre cada um dos torneios.
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No Mundial de Clubes feminino, a ideia é que o torneio aconteça há cada dois anos e que tenha, inicialmente, 12 clubes participantes, número que pode aumentar ao longo do tempo. Infantino deixou claro que a competição sairá do papel em breve. A proposta é que estes torneios aconteçam nos anos de números pares, a partir de 2024, enquanto as Copas permaneçam disputadas no anos ímpares, como já acontece.
De acordo com o documento apresentado pela Fifa,os meses de janeiro e agosto seriam os ideais para a nova competição. O Mundial acontecerá em uma sede única, que será escolhida pelo Conselho da Fifa. As competidoras serão divididas em quatro grupos de três, com a equipe campeã de cada chave avançando às semifinais, até chegar na grande decisão.
O projeto é que o torneio seja longo, com duração de 22 dias. Os continentes terão um número específico de representantes: na América do Sul, as competidoras seriam definidas pelaLibertadoresfeminina, competição que a Conmebol organiza desde 2009. Vale lembrar que o Palmeiras é o atual campeão do continental.Das 14 edições o Brasil ganhou 11, sendo as quatro últimas consecutivas. A Colômbia venceu uma, o Paraguai outra e o Chile a terceira.
Já a modalidade masculina do Mundial prevê que, a partir de 2025, a competição tenha 32 equipes e seja disputada de quatro em quatro anos, com sede ainda indefinida. Segundo Gianni Infantino, será a Copa do Mundo das seleções. A ideia de um novo modelo já havia sido apresentada em 2019 e teria início em 2021. Porém, a pandemia do coronavírus fez com que a entidade adiasse os planos de mudança, que inicialmente contava com 24 clubes.
Ainda não foi decidido o número de clubes por continente. De acordo com informações do ge, a Uefa e a Associação de Clubes Europeus (ECA) querem que a Europa tenha 12 equipes como condição de aderir ao novo formato. No entanto, o novo modelo proposto não agradou a todos no mundo futebolístico, principalmente os sul-americanos.
O jornalista Renato Maurício Prado não gostou da mudança e disse que é pouco provável que os sul-americanos consigam vencer os europeus. Em programa do portalUOL, exibido nesta sexta (16), o comentarista não poupou críticas ao novo formato da competição, elaborado pela Fifa.
“Uma coisa é ganhar o Mundial contra um europeu em um jogo único. A gente viu que é difícil, mas pode acontecer, como o Internacional ganhando do Barcelona, oCorinthiansganhando do Chelsea. São zebras possíveis de acontecer em um jogo só. Agora um torneio que tenha Manchester City, Paris Saint-Germain, Liverpool,Real Madrid, Barcelona, fica muito difícil“, explica RMP.
“A chance de um brasileiro superar todos os adversários é muito pequena. Vai ser mais um torneio para os europeus ganharem. É pouco provável que os clubes sul-americanos, por mais fortes que sejam, consigam superar essas potências europeias. Detesto torneio inchado. Eu sou da velha guarda. Gostava daquele jogo europeu x sul-americano em um jogo só, em Tóquio, e fim de papo“, complementa.