Aos 39 anos, Robinho vive a expectativa de voltar ao futebol. Seu ex-empresário afirmou que há clubes da Série B, como o Londrina, dispostos a oferecer um contrato ao atacante ex-Santos, Real Madrid, Atlético-MG, entre outros. Só que, nesta sexta-feira (17), uma notícia vinda da Itália pode mudar drasticamente os planos do veterano, condenado por estupro no país europeu.
De acordo com apuração da jornalista Janaina César, colaboradora do UOL Esporte, a Justiça da Itália pediu ao governo brasileiro que execute a pena de prisão a Robinho e seu amigo Ricardo Falco. Ambos foram condenados em última instância a nove anos de prisão por terem estuprado em grupo uma jovem de 23 anos em janeiro de 2013. Na época, o ex-atacante jogava no Milan.
Os pedidos foram assinados por Carlo Nordio, ministro da Justiça italiano em 24 de janeiro e mandados ao governo brasileiro através de canais diplomáticos no último dia 31.
"Que o caso seja submetido a competente autoridade judiciária brasileira para que autorize, conforme a lei brasileira, a execução da pena de nove anos de reclusão infligida a Robson de Souza pela sentença do Tribunal de Milão em data de 23 de novembro de 2017, que tornou-se definitiva em 19 de janeiro de 2013", diz o despacho assinado por Nordio.
O pedido de extradição de Robinho, encaminhado em 29 de setembro de 2022, foi negado. Por isso, a urgência da Justiça da Itália em pedir a execução da pena no Brasil. O artigo 5 da Constituição Federal de 1988 proíbe a extradição de brasileiros.
A possibilidade de Robinho cumprir a condenação por estupro no Brasil já havia sido comentada por Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça nomeado pelo presidente Lula (PT). Em entrevista à BandNews, o politico disse que o atacante pode cumprir em território nacional a condenação de nove anos de prisão.