O Brasil vive hoje uma realidade muito diferente quando o assunto é treinadores de futebol. Cada vez mais técnicos estrangeiros são contratados pelos clubes do país, principalmente portugueses, como são os casos de Abel Ferreira, Vítor Pereira e Luís Castro em Palmeiras, Corinthians e Botafogo, respectivamente, argentinos, como é o caso de Juan Pablo Vojvoda no Fortaleza, e uruguaios, como é o caso de Paulo Pezzolano no Cruzeiro.
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O fato é que a presença de treinadores de outras nacionalidades já incomodou alguns dos comandantes brasileiros. Muricy Ramalho, Levir Culpi, Oswaldo de Oliveira e Celso Roth foram alguns dos que já criticaram a presença de “gringos” na beirada do campo dos clubes brasileiros. O último, por exemplo, chegou a dizer recentemente que “dirigente acha agora que treinador brasileiro não tem mais qualidade”.
Em entrevista exclusiva para o BolaVip Brasil, o treinador Alexandre Gama com 21 anos de carreira como técnico e oito dirigindo clubes estrangeiros, vai na contramão. O ex-técnico da Seleção Tailandesa se mostrou a favor da presença dos estrangeiros no Brasil: “Vejo como super normal e acho que é bom para o nosso futebol. Eu seria hipócrita se não gostasse porque eu mesmo fui um estrangeiro onde trabalhei e conquistei vários títulos e me tornei referência para alguns treinadores de lá. É sempre bom vermos outras escolas no mesmo campeonato para ter essa troca de conhecimento”, afirmou.
Foto: Ettore Chiereguini/AGIF – Abel Ferreira dirige o Palmeiras desde 2020
Porém, não é em todo lugar que acontece essa aceitação. Há lugares que treinadores brasileiros não são muito bem recebidos como é o caso de alguns países na Europa: “Acho que lá fora também podiam receber melhor os treinadores brasileiros, especialmente na Europa, que sempre acabam fazendo várias exigências absurdas”, criticou o treinador que pela primeira vez em muito tempo está livre no mercado.
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Independente do respeito, Alexandre Gama não tem como fugir de suas raízes. Quando perguntado sobre os treinadores que o inspiraram, ele citou três nomes brasileiros: “No Brasil, Carlos Alberto Parreira, Vanderlei Luxemburgo e Oswaldo de Oliveira são as minhas referências. Também tive o privilégio de trabalhar com todos eles, como jogador ou como auxiliar. Porém, Gama não esqueceu de grandes técnicos que vêmfazendo grandes trabalhos no Mundo: “Na Europa, gosto muito do Mourinho, do Klopp e do Simeone. Sou bem eclético porque os estilos são bem diferentes”, finalizou.