A Argentina chegou para a Copa do Mundo tropeçando diante da Arabia Saudita por 2 a 1 na estreia da competição e o resultado parecia um mau presságio de que a equipe não chegaria longe na competição, mas escrete surpreendeu e faturou o título da Copa do Mundo vencendo a França na grande final. O bom desempenho na competição pode ter sido fruto das análises e estratégias traçadas pelo técnico Lionel Scaloni.

- Palmeiras empata com o Cruzeiro em 1 a 1 e é campeão brasileiro
- Em despedida de Fábio Santos, Inter bate Corinthians por 2 a 1
Em uma conversa exclusiva da FIFA+ com o treinador argentino, foi revelado um pedaço de papel no qual era possível ver o esquema defensivo que a seleção argentina devia adotar cada vez que a França tivesse a posse da bola na final da Copa do Mundo no Catar. "Sim, é a minha letra", admite o treinador. "A minha letra feia, mas gosto de escrever assim, com claridade, com os números. As explicações iam variando conforme os jogos, mas, em geral, acho que é um bom exemplo de como pensávamos que poderia ser o jogo", disse o treinador reconhecendo o papel à sua frente.

Veja também
VIXI! Craque uruguaio aponta influência de Messi e favorecimento da Argentina na Copa do Catar
Scaloni revelou que já projetava o jogo contra a França desde o duelo dos europeus contra o Marrocos."O importante era materializar aquilo em campo, porque você pode ter mil ideias, mas depois em campo elas não dão certo. Tínhamos claro desde o momento que vimos que jogaríamos com a França, depois de passarem pelo Marrocos, que o [Ángel] Di María iria jogar pela esquerda. Não dissemos isso a eles [os jogadores] até uma hora antes do jogo e acho que isso foi um pouco o segredo, porque não demos vantagem a absolutamente ninguém que ficasse sabendo. Hoje em dia se sabe tudo e talvez isso pudesse ser contraproducente".
O argentino trabalhou com três focos principais. O primeiro, a ideia de que a França na verdade jogava com três defensores quando tinha a posse da bola, com seu lateral-esquerdo (Théo Hernández ou Eduardo Camavinga) unido à linha de meio-campistas e Jules Koundé atuando como uma espécie de zagueiro pela direita. O segundo, a necessidade de ocupar o corredor interno que Antoine Griezmann dominou durante todo o torneio. O terceiro, Mbappé. Como marcar o atacante mais decisivo do mundo?
"O que não queríamos era que o Cuti [Cristian Romero] fizesse a marcação do Mbappé", explica. "Digamos que a cobertura do Molina seria feita pelo Cuti, para ele poder sair para os lados. Preferíamos que o Cuti estivesse por dentro, marcando o [Olivier] Giroud, e que a marcação [de Mbappé] fosse feita pelo Rodrigo ou em algum momento o Enzo [Fernández], se tivesse que fazer isso. Mas, enfim, penso que é um jogador em quem tem que ficar atento. Mas o primeiro que tinha que ser feito era ficarmos muito próximos [de Mbappé] e que, se fosse uma bola em profundidade, se a bola fosse nas costas [dos defensores], aí sim o Cuti pudesse ficar atento. A ideia era que, quando ele [Mbappé] recebesse a bola, tivesse um ou dois jogadores por perto. Afinal de contas, para jogadores como ele você não pode dar nem um metro de espaço", descreveu o treinador.








