Mesmo sem ter estreado à beira do gramado, Ramón Díaz acabou deixando o Botafogo. A situação negativa no Campeonato Brasileiro mexeu com a diretoria, que achou melhor a troca no comando técnico visando uma rápida recuperação para deixar a zona de rebaixamento. Atualmente, o argentino está fora de qualquer trabalho por motivos de saúde.

Ramón Díaz deixa o Botafogo. Divulgação
Ramón Díaz deixa o Botafogo. Divulgação

Recuperado de uma cirurgia para retirada de um nódulo da garganta, o treinador falou pela primeira vez sobre a demissão do Time da Estrela Solitária. Na conversa, ele revelou que a operação foi um sucesso e a alta para voltar a desempenhar suas funções seria a partir do dia 7 de dezembro: "Esta é uma mensagem para todos que me seguem e que se preocupam comigo. Quero que vocês saibam que a operação foi um êxito e que minha alta será no dia 7 de dezembro. Mando mensagem também para todos no Botafogo, jogadores e ambiente futebolístico", disse.

Ainda na conversa, o treinador não escondeu que as coisas não saíram conforme o planejado, mas revelou que tem o desejo de um dia voltar ao futebol brasileiro: "As coisas não saíram como queríamos, a verdade é que um futebol que gosto e não perco a esperança de um dia poder dirigir um clube no Brasil", completou o profissional de 61 anos.

Para o comando, o Fogão agiu rápido e acertou o retorno de Eduardo Barroca, que estava no Vitória. Em contato com a ESPN, um dirigente do Alvinegro, que não teve o nome revelado, foi questionado sobre a baixa de Diáz e disse que o clube se sentiu traído:“Quando ele chegou ao Brasil, falou que tinha uma cirurgia. Topamos contratá-lo mesmo assim. Mas não sabíamos que a recuperação poderia ser demorada como está sendo. Nos sentimos enrolados, traídos”, comentou.

Em contato com o jornal O Globo, Emiliano Díaz, filho e auxiliar de Ramon, se mostrou surpreso com a demissão, já que a equipe estava ciente que o treinador poderia trabalhar somente no dia 7 dezembro. No entanto, a versão da direção botafoguense é contrária: “Não foi bem assim. Pode ver que, na apresentação, ele disse que estaria de volta em breve, na semana seguinte. Erramos. Persistir no erro seria burrice“, pontuou o dirigente.