Marcelo Boeck se despede dos gramados como ídolo e líder do Fortaleza, em um caminho que começou a ser pavilhado em 2017, sem imaginar que se encerraria de maneira tão bonita. Ele anunciou sua aposentadoria no dia 9 de novembro, após a goleada contra o Bragantino. Ao todo, foram 20 jogos pelo Leão em 2022. Entre eles, disputas marcantes pela Libertadores, na primeira participação do Clube na competição continental.
Em entrevista ao GE, Boeck afirmou que a decisão já vinha sendo pensada desde a temporada de 2021, mas o goleiro resolveu adiar por conta da participação na Libertadores, na qual protagonizou vitórias importantes junto ao Leão do Pici. Agora, o goleiro relembra sua jornada junto ao Clube onde construiu uma história inesquecível
"A gente pode se preparar mentalmente, fisicamente, financeiramente, o que for, mas chega nas últimas semanas, tem uma escadinha que a gente desce para ir para o treino e eu sento lá fico vendo o Pici e tudo que aconteceu, como está agora, vai passando esse filme. É bem doloroso passar por essa situação, por melhor que tenha sido a trajetória até aqui. Parece que arranca um pedaço da gente, mas ao mesmo tempo é preenchido com amor, carinho e respeito, que foi a marca nossa aqui no Fortaleza com todos", disse.
Porém, o arqueiro garante que isso não é um adeus, e que voltaria a trabalhar nos bastidores do Fortaleza, caso haja uma 'convocação'. "Se tiver uma oportunidade, logicamente que sempre falo que o Fortaleza é minha casa e não tem como desassociar isso. Seria uma honra e um prazer muito grande, afinal, quem não gostaria de estar trabalhando hoje no Fortaleza? Se nosso treinador recusou grandes clubes, quem sou eu para recusar também um convite do Fortaleza para continuar nessa jornada vitoriosa", complementou o goleiro.
Por fim, Boeck fez uma pequena declaração em despedida à torcida do Leão. "Foi um prazer, fico feliz todas as vezes e eu que agradeço sempre por todo o carinho nos momentos bons e nos não tão bons, sempre houve respeito e fidelidade. Eles sabem o que eu sinto e todo meu apreço, eles vão para o estádio não só para assistir o jogo, mas para dar show. Se eu posso ter a honra de ser chamado de ídolo dessa torcida é algo que vou guardar eternamente no meu coração e vou zelar com maior cuidado possível porque é uma relação de muito amor. Talvez, modéstia à parte, relação de amor mais bonita que teve entre um jogador com uma torcida nessa história do Fortaleza por tudo que vivemos. Podem ter certeza que estarei lutando por vocês eternamente e junto com o Fortaleza", disse o atleta ao GE.
