Um dos destaques do Chelsea há muitos anos está deixando a equipe londrina para atuar, justamente, por um rival. Trata-se do italo-brasileiro Jorginho que será jogador do Arsenal, também da capital inglesa. Os Gunners vão desembolsar 12 milhões de libras (R$ 75,5 milhões segundo a cotação atual) para contar com o meio-campista de 31 anos até 2024, com possibilidade de extensão por mais uma temporada.

Foto: Alex Pantling/Getty Images - Jorginho será jogador do Arsenal
Foto: Alex Pantling/Getty Images - Jorginho será jogador do Arsenal

 

A transferência de Jorginho dos Blues para os Gunners não foi a primeira vez que um jogador optou por sair de uma equipe para atuar em um rival. Na história, muitos atletas ignoraram a identificação com seu clube na hora de decidir seus futuros. Por isso, o Bolavip Brasil separou alguns desses marcantes casos. Confira:


 

1) Luís Figo - Barcelona para Real Madrid - 2000

 

Foto: Shaun Botterill/Getty Images - Figo fez parte dos Galácticos, no Real Madrid

Foto: Shaun Botterill/Getty Images - Figo fez parte dos Galácticos, no Real Madrid

 

A opção do português em trocar o Barcelona pelo seu maior rival, o Real Madrid, talvez seja uma das mais polêmicas e marcantes transferências de todos os tempos. Até porque o meia, na época com 28 anos, era tido como um dos principais jogadores do Clube Blaugrano na época. Porém, os torcedores se sentiram traídos após a decisão do principal jogador de Portugal até então. Em 2020 justificou a sua transferência com o facto de não se sentir reconhecido no clube catalão.

 

Vale lembrar que Figo foi um dos primeiros nomes escolhidos pelo presidente merengue Florentino Pérez, que havia prometido um time “galático”. Fato esse que acabou acontecendo depois com as chegadas de jogadores como o brasileiro Ronaldo Fenômeno, o francês Zinedine Zidane, os ingleses David Beckham e Michael Owen, e o espanhol Sergio Ramos.

 

 

2) Andrea Pirlo - Milan para Juventus - 2011

 

 

Um dos mais talentosos meio-campistas das últimas duas décadas, Pirlo ganhou destaque no cenário mundial atuando pelo Milan, com um time que mais parecia uma seleção mundial, junto com jogadores como Dida, Cafu, Maldini, Seedorf, Kaká, Shevchenko e Crespo. Após dez anos no Clube Rossonero, o italiano optou por defender um dos maiores rivais da equipe: a Juventus.

 

O jogador chegou desacreditado a Turim, por causa de diversas lesões que sofreu durante a temporada anterior, ainda no Milan. Porém, o meio-campista mostrou que ainda tinha muita lenha para queimar, atuando por mais cinco temporadas antes de se aventurar nos Estados Unidos, atuando pelo New York City, onde encerrou sua carreira. Na Velha Senhora, conquistou quatro títulos nacionais seguidos, além de uma Copa da Itália e duas Supercopas Italianas. 

 

3) Carlitos Tevez - Manchester United para Manchester City - 2009

 

 

Tevez era muito querido pela torcida do Manchester United, porém, não podia se dizer o mesmo do treinador da equipe na época, Alex Ferguson. O histórico comandante dos Red Devils acabou preterindo o argentino que passou pelo Corinthians e optando pelo búlgaro Dimitar Berbatov. Ainda assim, os torcedores continuavam pedindo pela presença de Carlitos, porém, com o fim do contrato Ferguson não demonstrou interesse em uma eventual renovação. 

 

Ainda assim, o atacante continuou na mesma cidade. O grande rival, o Manchester City, desembolsou 25,5 milhões de libras por Tévez (cerca  74,1 milhões de reais). Um pouco antes da negociação, o jogador deu uma declaração em que deixava claro seu descontentamento: “Depois daquele jogo (uma derrota em casa para o arquirrival Liverpool), o Alex Ferguson me ignorou quase como se eu fosse o culpado pela derrota. O Liverpool nos dominou completamente. Os torcedores começaram a pedir para eu entrar, mas o Ferguson nunca ouvia conselhos de outros porque sempre está certo. Eu dei tudo pelo time e a torcida sabe disso. Não merecia terminar minha passagem desse jeito”, disse. 

 

4) Johan Cruyff - Ajax para Feyenoord - 1983

 

 

A segunda passagem de um dos maiores jogadores de todos os tempos pelo Ajax foi brilhante, mas sua saída problemática. Isso porque o eterno camisa 14, que estava convivendo com os jovens Marco van Basten e Frank Rijkaard, foi despedido do Clube depois do segundo título seguido da Eredivisie. A diretoria da equipe neerlandesa não queria pagar pra o que ele pedia pois já o considerava velho demais. Com 36 anos na época, o atacante foi para o grande rival, o Feyenoord. 

 

Na equipe de Roterdã, formou uma dupla com outra jovem promessa. Trata-se de Ruud Gullit e para desespero de sua antiga equipe conquistou pela terceira vez seguida o campeonato nacional dos Países Baixos, quebrando um jejum de dez anos do Clube do Mosa no campeonato nacional. Cruyff ainda venceria também pela equipe a Copa dos Países Baixos.