A partida entre Botafogo e Magallanes (CHI) realizada na última quinta-feira (6) rendeu insatisfações da torcida do Fogão perante o desempenho do elenco comandado por Luís Castro. A repercussão do protesto, realizado na última sexta-feira (7), por um grupo de botafoguenses que cercaram a delegação do time no aeroporto Tom Jobim deu o que falar nas redes sociais.

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Enquanto boa parte dos torcedores e simpatizantes do Botafogo se colocou a favor da manifestação e a interpretou como legítima, uma vez que não houveram agressões físicas, comentaristas esportivos se colocaram contrários à atitude. Diante deste cenário, o renomado jornalista esportivo e colunista do UOL, Mauro Cezar Pereira, se posicionou da seguinte forma: 

“A irritação dos alvinegros procede, o time vem mal há tempos e faz um 2023 muito ruim. Não se classificou para as finais do Campeonato Carioca, sofreu contra os pequenos na Taça Rio (uma espécie de torneio de consolação) e estreou mal no certame internacional”, pontuou. Vale ressaltar que o Botafogo enfrentará o Audax Rio amanhã às 16h, em disputa válida pela grande decisão da Taça Rio.

Apesar de achar a insatisfação da torcida coerente com o negativo desempenho do clube dentro de campo, Mauro Cezar é contrário às ações realizadas pelos botafoguenses no aeroporto e questiona o porquê os seguranças do Clube não impediram o contato dos profissionais com os manifestantes.

“Mas nada disso dá o direito a qualquer torcedor de cobrar em tom de intimidação profissional algum. Nesses momentos é criada uma situação na qual o técnico é quase obrigado a ter uma conversa com pessoas que desconhece e sem opção de dizer não. Algo velho, repetitivo, absurdo”, ressaltou Mauro. O jornalista conclui que se há alguém responsável pelo que vem ocorrendo com o clube, esse alguém é gestor John Textor.

 

“E mais bizarro fica quando lembramos que o Botafogo virou SAF, ou seja, tem um dono, é uma empresa que cuida, comanda, trata do futebol no Botafogo. E mesmo com seguranças, aparentemente mais fortes do que os torcedores, Castro teve que se submeter ao tal diálogo. Como uma companhia permite que um profissional por ela contratado seja exposto a isso? Por que ele não foi tirado dali? Nessas horas, fica a pergunta, qual a diferença das antigas gestões de clubes de futebol e das novas e badaladas sociedades anônimas?”, indagou o colunista Mauro Cezar Pereira.