A torcida do Vasco da Gama está ansiosa para ver o trabalho de Ramon Menezes em prática. Após a saída de Abel Braga com apenas dois meses no comando técnico do clube, o presidente Alexandre Campello apostou na promoção do ex-auxiliar para a sequência do ano com a confiança do elenco. Nos bastidores, já se tem a certeza de que vários jovens da base vão ter espaço no elenco e até entre os titulares. Caso de Ricardo Graça, um dos principais ativos em São Januário.
Com Abel Braga, Graça só disputou uma partida pelo Vasco – no clássico contra o Fluminense em que o então treinador utilizou uma equipe repleta de reservas. Agora, sob a batuta de Ramon, o zagueiro deve ser alçado como titular junto de Leandro Castán. Se antes a desculpa (de Abel) era que o camisa 30 ocupava o mesmo espaço do capitão Castán, por ser canhoto, agora a história tende a ser diferente.
Em entrevista há pouco à reporter Monique Danello, dos canais Esporte Interativo, Graça se coloca à disposição de Ramon para recomeçar os trabalhos como titular. Muitosvascaínos exigem que a joia de São Januário entre na vaga do contestado Werley.“Quero estar em campo. Se tiver que jogar na esquerda, na direita, eu vou estar disposto a ajudar o Vasco. No ano passado, eu joguei na direita com o Castán, não seria o problema agora jogar invertido agora”, analisou o beque, que terminou o últimoPré-Olímpico como titular da Seleção Brasileira.
“Quando chega um treinador novo, quem não estava jogando quer jogar. Quem estava jogando quer continuar mostrando serviço. Não quero passar por cima de ninguém, tenho que respeitar o Ramon, mas obviamente quero meu espaço. E essador de cabeça tem que ficar com o Ramon, ele que decide e dá a canetada. Mas qualquer jogador quer atuar, não importa em que posição”, completou Ricardo Graça.
Com vínculo expirando em janeiro de 2021, o zagueiro aguarda um novo posicionamento do diretor de futebol André Mazzuco para definir seu futuro. Graça admitiu que seu empresário vinha em tratativas para estender o vínculo na Colina, porém a paralisação pela pandemia do novo Coronavírus estagnou as conversas. O zagueiro não descarta sair, já que tem o sonho de jogar na Europa, porém se mostra grato ao clube do coração, onde joga desde 2009. Os cruz-maltinos pressionam o presidente Campello para agilizar a negociação.
“Tenho, sim, o sonho de ir para a Europa, mas não voumeter os pés pelas mãos. Vou esperar uma proposta boa para mim e para o Vasco. Sou grato ao Vasco, se fui para a Seleção, foi o Vasco que me ajudou. Houve conversas para a renovação, mas agora com essa pandemia tudo ficou meio que parado. Não sei como anda. Estou muito blindado com essas coisas de renovação, quem resolve é meu empresário. Espero que as coisas aconteçam da melhor forma possível. Se tiver que sair para ajudar o Vasco, eu saio. Se tiver que ficar minha carreira inteira aqui, também fico. Que seja bom para ambas as partes”, concluiu o zagueiro, que vem sendo sondado por clubes do Velho Continente desde o Pré-Olímpico.
