Lamentavelmente, Vinícius Jr. mais uma vez foi alvo de atos racistas durante uma partida do Campeonato Espanhol. O novo caso aconteceu na tarde deste domingo (21), quando o Real Madrid enfrentava o Valencia, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, no Estádio de Mestalla. Durante o confronto, a torcida do time mandante insultou o atacante brasileiro com gritos de "mono" (macaco).

Foto: Aitor Alcalde/Getty Images
Foto: Aitor Alcalde/Getty Images

Vini Jr. chegou a identificar e apontar um dos torcedores nas arquibancadas, e a partida ficou paralisada por alguns minutos. Posteriormente, o jogador de 22 anos, titular da Seleção Brasileira, voltou a ser provocado, desta vez pelo goleiro do Valencia, Giorgi Mamardashvili. O arqueiro partiu para cima de Vinícius e foi gerada uma confusão no gramado. Durante a confusão generalizada, o atacante Hugo Duro, do Valencia, agarrou o jogador brasileiro pelo pescoço.

Vini reagiu e acabou encostando a mão no rosto do atleta adversário. O árbitro foi à cabine do VAR e apenas o camisa 20 do Real foi expulso. Vítima de toda a situação, o principal nome do time merengue há duas temporadas, acabou recebendo uma expulsão. Após o fim do jogo, o ponta desabafou em suas redes sociais: "O prêmio para os racistas foi a minha expulsão. Não é futebol, é La Liga. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi, hoje é dos racistas", cravou o brasileiro.

Comandante da equipe merengue, o experiente e consagrado treinador Carlo Ancelotti saiu em defesa de Vini Jr. após o acontecido. "Não quero falar de futebol, quero falar do que aconteceu aqui. É o mais importante. La Liga tem um problema. Não é uma pessoa que grita 'mono', é um estádio que insulta um jogador por racismo. E para mim, quando um episódio de racismo assim acontece, a partida tem que parar. Não há outra maneira, porque a imagem é muito mal. Isso não tem que acontecer, é algo mal que acontece nesta Liga", enfatizou o técnico italiano.

Ancelotti revelou ainda uma conversa que teve com Vini durante a situação. "Quando um estádio grita "mono" para um jogador e um treinador pensa que tem que tirar esse jogador por isso, é algo mal. Ele não queria continuar. Mas eu lhe disse que não me parecia justo que ele deixasse a partida, porque ele não era o culpado e sim a vítima", revelou.