Vice-líder da Série B do Campeonato Brasileiro comandando o Botafogo, o técnico Enderson Moreira passou recentemente pelo Cruzeiro, e não obteve sucesso por lá. Em seis meses de trabalho, contando o período de paralisação por conta da pandemia de Covid-19, o treinador esteve à frente do time em 12 partidas, com 6 vitórias, 3 empates e 3 derrotas.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, Enderson tentou explicar o insucesso no clube mineiro: “Muito difícil falar porque as coisas não aconteceram. Quando eu fui contratado, para mim foi muito significativo a questão da perda dos seis pontos. O Cruzeiro não tinha perdido nenhum ponto quando eu fui contratado. Antes de iniciar a competição a gente teve essa surpresa”.
Os pontos perdidos referem-se ao não pagamento de uma dívida com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, referente à contratação do volante Denílson, em 2016. Poderiam ter sido 12 pontos caso o Cruzeiro não tivesse pago o Zorya, da Ucrânia, a quantia que dizia respeito à vinda de Willian Bigode, hoje no Palmeiras, em 2013.
Para Enderson, a Raposa poderia ter tido um desempenho melhor se entrasse “zerado” na Série B de 2020: “Mas eu tenho convicção de que se a gente não tivesse perdido essa pontuação no início da competição, talvez a gente pudesse ter ultrapassado esse momento de resultados ruins com tranquilidade sabendo que a gente poderia buscar novas vitórias no prazo curto”.
Quando Enderson deixou o Cruzeiro, a equipe estava em 17º lugar na tabela, e há seis partidas sem vencer. Depois dele, passaram Ney Franco e Luiz Felipe Scolari, que não conseguiram levar o clube ao acesso à Série A. Neste ano, a equipe está 11 pontos atrás do quarto colocado Avaí, restando oito rodadas para acabar o campeonato.
