Craque do Campeonato Gaúcho e principal jogador do Grêmio na temporada, Ferreira deve dar trabalho para a direção nos próximos dias. Com o atacante vivendo a melhor fase de sua carreira, a direção tricolor já se movimenta para estender seu contrato – que expira em dezembro de 2023 – e aumentar a multa rescisória, que varia entre 8 e 16 milhões de euros (R$ 51 milhões e R$ 105,5 milhões), dependendo do país na Europa.
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Vale citar que o Imortal só tem 50% dos direitos de Ferreira. Revelado na base do clube, o atacante acabou preterido por Renato Portaluppi, fato que irritou o staff do atleta. Pablo Bueno, representante de Ferreirinha, entrou na Justiça buscando a rescisão do contrato em fevereiro de 2020, já que o atacante vinha tendo propostas para ser titular em outro clube. O Athletico-PR, à época comandado por Tiago Nunes, desejava o jogador, por exemplo.
Em setembro, a defesa do atleta concordou em retirar o processo, só que o Grêmio acabou “refém” de Bueno na renovação. A multa baixa foi desejo do staff de Ferreira, já que permitirá que o atleta pudesse se transferir ao futebol europeu em breve, como aconteceu com Tetê, outro atleta agenciado pelo empresário. Para se ter uma ideia, Ferreira ganhava R$ 25 mil mensais antes de voltar a ser integrado ao elenco gremista. Após a renovação, seu salário chegou a R$ 150 mil, mas ainda bem distante dos maiores vencimentos do elenco.
Pablo Bueno (à dir.) tende a priorizar venda de Ferreira na próxima janela (Foto: Divulgação)
Agora Carlos Amodeo, CEO do Grêmio, quer logo nova reunião com Pablo Bueno. A direção tricolor espera prorrogar o vínculo de Ferreira e obviamente aumentar urgentemente o valor da multa. Só que o colega Vagner Martins, da Band RS, indica, por conversas com o empresário, que a tendência é de saída do atacante. “Preparem-se para perder o Ferreira a partir de 1 de julho. A tendência é (a permanência) não acontecer”, opinou o jornalista.
A data se refere à abertura da janela internacional e o Dínamo de Kiev, atual campeão ucraniano, já acena oferecer 8 milhões de euros (R$ 51 milhões) por Ferreira. Vale citar que há mais clubes do Velho Mundo de olho no atleta, segundo Bueno.
“O Tetê ganhava R$ 7 mil no Grêmio. Quando o Pablo Bueno levou ele para o Shakhtar, o primeiro salário dele era de 120 mil euros, algo em torno de R$ 750 mil”, lembrou Martins sobre a discrepância dos valores sobre os vencimentos entre Brás e Europa, especialmente com o real desvalorizado.
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Setorista do Grêmio há tempos, Martins relembrou um caso em que o clube perdeu a chance de valorizar Ferreira, em 2019. Em um treino no CT Luiz Carvalho, o time reserva enfrentava o time de Aspirantes. “O Ferreirinha destruiu com o treinamento. Ele destruiu com o treino. Ele atropelou o RafaelGalhardo, que o Renato adorava”, recorda o colega da Band RS.