2020, sem sombra de dúvidas, é um dos anos mais complicados da história do Flamengo. Dado como favorito em todos os campeonatos na temporada, o Fla não se fez prevalecer e agora tem apenas o Brasileirão para tentar salvar o ano. É bem verdade que assim como os demais, o Rubro-Negro sofreu com a pandemia, que paralisou o futebol por mais de quatro meses; no entanto, o clube carioca sofreu com um fator que não estava acostumado em outras temporadas: muitas trocas de técnico. Isso aconteceu devido à saída de Jorge Jesus, que deixou o time para se transferir para o Benfica de Portugal, em julho. Domènec Torrent chegou logo depois, mas não duro no cargo, sendo demitido em pouco tempo.
Rogério Ceni, recém-contratado, parece estar indo pelo mesmo caminho. Muitos torcedores e jornalistas devem estar refletindo: já? Por que? Simples. O ex-comandante do Fortaleza foi contratado com a missão de levar o Rubro-Negro aos títulos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores. Visto como um dos treinadores mais promissores da nova geração brasileira, Marcos Braz optou por dar uma chance ao comandante. O grande problema é que Ceni foi eliminado dos dois mata-matas em menos de um mês. Para piorar, as mudanças realizadas no duelo desta terça-feira (1) diante do Racing, da Argentina, não surtiram efeito e com a desclassificação, o sonho do tri foi adiado, revoltando dirigentes, jogadores e principalmente os torcedores. Agora, ou o time começa a dar resultado no Brasileirão ou muitas coisas devem ser modificadas no ninho do Urubu.
A grande revolta dos cartolas flamenguistas é que com o objetivo de voltar a conquistar a América e ir em busca do título mundial. Os dirigentes flamenguistas fizeram grandes investimentos com Gustavo Henrique, Michael, Pedro Rocha, Pedro e Thiago Maia entre outros. A ideia de ser agressivo no mercado se baseou na ideia em que o Mais Querido repetiria o mesmo sucesso da temporada anterior, o que acabou não acontecendo. Sendo assim, Marcos Braz e companhia terão que reduzir alguns custos para a próxima temporada, significando se desfazer de alguns jogadores e deixar de adquirir alguns atletas que estão emprestados junto à outras equipes.
É o caso de Thiago Maia e Pedro. O volante do Lille, da França e o atacante da Fiorentina, da Itália, eram as prioridades dos cartolas do Flamengo no mercado quando as competições terminassem. Já havia conversa entre as partes do Fla e os representantes dos clubes que detém os direitos do atletas. Marcos Braz, inclusive, chegou a acertar salário e tempo de contrato com o centroavante, que também vem sendo sondado por clubes como o Real Madrid. É possível que o o atual campeão do Brasileirão e da Liberadores ainda compre a dupla, mas terá que fazer uma grande reengenharia financeira.
O custo de Pedro é de 14 milhões de euros. O Flamengo espera diluir o pagamento ao longo dos próximos anos. Já Por Thiago Maia, o Fla terá que oferecer 7 milhões de euros por 50% de seus direitos econômicos para ficar com o jogador. Para isso, o Rubro-Negro precisa a partir de agora, focar no título do Brasileirão e ainda vender alguns jogadores. Quem deve ser o primeiro a deixar o Ninho do Urubu assim que chegar uma proposta é o atacante Lincoln. A informação é da equipe de reportagem do jornal O Globo.
