Jogos de Hoje
Siga o canal do Bolavip no WhatsApp
Portuguesa

“Eles estavam desanimados”; O dia que a Portuguesa quase teve o Brasil rendido a seus pés!

Lusa surpreendeu a todos no Campeonato Brasileiro de 1996

Quem nasceu depois dos anos 2000 e nunca se interessou em pesquisar sobre a Portuguesa, não imagina a força do clube paulista nos anos 90. Especificamente em 1996. Naquele ano a Lusa chegou na final do Campeonato Brasileiro – naquela época a competição ainda não era disputada pelo sistema de pontos corridos e sim de mata-a-mata na segunda fase. O clube chegava para a disputa do maior campeonato nacional com dois atletas que no futuro se tornaram grandes jogadores: Rodrigo Fabri e, claro, Zé Roberto. Além disso, contava com a experiência de Clemer, Capitão, Caio, Zinho e Gallo.

Foto: Reprodução/Youtube - Gallo fez um dos gols da Lusa na final
Foto: Reprodução/Youtube - Gallo fez um dos gols da Lusa na final

A Portuguesa foi a última equipe presente na fase de mata-mata, ficando na 8ª colocação – naquela época oito times passavam de fase – com a classificação vindo no apagar das luzes da última rodada após uma excelente combinação de resultados. Na ocasião, o treinador Candinho fez questão de elogiar o seu time: “Foi a vitória da paciência e da calma. Clubes mais ricos, como São Paulo e Flamengo, ficaram de fora com esquadrões. Chegamos pela humildade. Agora, os críticos têm de engolir a Portuguesa entre os oito melhores”, afirmou em entrevista para o jornal Folha de São Paulo.

Pois é, mas a missão dali em diante seria muito complicada. Logo nas quartas-de-final o adversário era o time que terminou a primeira fase como líder. O clube que conquistou a Copa do Brasil naquele ano sobre o “Palmeiras dos 100 gols no Paulistão”. O Cruzeiro de Dida, Nonato, Palhinha e Paulinho McLaren não foi páreo para a Lusa. No Morumbi, Rodrigo Fabi deu show e abriu o placar encobrindo Dida, depois Alex Alves entrou e fez mais dois, garantindo a boa vantagem de três gols de diferença para o jogo de volta. No Mineirão, com quase 62 mil pessoas, o gol de Cleisson não foi suficiente para os mineiros que estavam na semifinal.

PUBLICIDADE
Reprodução/Youtube - Alex Alves foi decisivo contra o Cruzeiro

Foto: Reprodução/Youtube – Alex Alves foi decisivo contra o Cruzeiro

Mais um mineiro apareceu no caminho do Clube Rubro-Verde. Desta vez, o Atlético Mineiro. O Galo tinha jogadores como Taffarel, Doriva, Euller e Renaldo – que com 16 gols, terminou como artilheiro do Brasileirão daquele ano junto com Paulo Nunes. Sem nenhum dos quatro grandes nas semifinais, os torcedores de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos foram torcer pela Lusa, colocando 20 mil torcedores no Morumbi. O gol de Alex Alves deixou o confronto em aberto.

Na volta, foi pior que às quartas-de-final. Se contra o Cruzeiro havia pouco mais de 60 mil pessoas no Mineirão, contra o Galo foram cerca de 80 mil. Fazia 16 anos que o clube mineiro não chegava em uma final de Brasileirão, mas ainda não seria daquela vez. Renaldo abriu o placar de pênalti, porém Caio – também em uma penalidade convertida – e mais uma vez Alex Alves viraram para a Portuguesa que ainda teve que sobreviver até o fim com o gol de empate de Euller e sem o zagueiro César, que foi expulso. A Portuguesa chegava pela primeira vez em sua história em uma final de Campeonato Braisleiro, aplaudida pela própria torcida do Galo.

PUBLICIDADE
Tweet placeholder

Chegava o momento do sonho. 120 minutos separaram a Portuguesa do inédito título nacional. Porém, o adversário seria aquele que tinha conquistado a Libertadores de 1995: o Grêmio de Paulo Nunes,Dinho, Mauro Galvão, Rivarola, Arce, Carlos Miguel e Danrlei, comandados por ninguém menos que Luiz Felipe Scolari, o Felipão. Porém, no dia do primeiro jogo, no Morumbi, a cidade de São Paulo enfrentava um dilúvio, e o ônibus da Lusa ficou parado no trânsito. Segundo o volante Capitão, eles chegaram no estádio às 20h33, sendo que a partida iria começar às 21h40.

Mesmo com muita gente sem conseguir chegar no estádio, mais de 30 mil pessoas foram apoiar a equipe paulista que conseguiu uma verdadeira epopeia. Gallo abriu o placar de falta, enquanto Rodrigo Fabri aproveitou o cruzamento de Caio para ampliar no segundo tempo. A equipe poderia sair da partida na mesma situação que saiu contra o Cruzeiro, mas perdeu muitos gols. Apesar da enorme vantagem para a partida no Olímpico, custou caro.

PUBLICIDADE
 Foto: Divulgação - Zé Roberto foi destaque da campanha da Lusa

Foto: Divulgação – Zé Roberto foi destaque da campanha da Lusa

A Portuguesa chegou para a grande decisão focada, porém a pressão era imensa. Desde o estádio do Grêmio lotado, passando por Candinho tentando tirar seus jogadores de perto de torcedores do time gaúcho e até da imprensa, e terminando com a equipe não podendo aquecer no gramado. O resultado foi um caldeirão desde o primeiro minuto de jogo, com o pior acontecendo: gol de Paulo Nunes logo aos três minutos. O Tricolor Gaúcho só precisava de mais um, visto que tinha a melhor campanha e jogava por dois resultados iguais.

Rodrigo Fabri teve o título sem seus pés. Após passe de Alex Alves, os dois atacantes eram maioria no ataque: dois contra um. Fabri fintou o zagueiro e ficou cara a cara com Danrlei, mas a bola escapou e foi para a perna direita, que não era a boa. O tempo que ele usou para mandar a bola de volta para a esquerda, foi o suficiente para a zaga gremista se recuperar.

PUBLICIDADE

No segundo tempo, o Grêmio seguiu tentando e a Portuguesa se segurando. Com o tempo, os gaúchos começaram a se cansar, mas sem desistir. Faltavam apenas seis minutos, mas a Lusa não conseguiu mais. Após cruzamento, a zaga afastou mal e a bola sobrou para Aílton que de perna esquerda não deu chances para Clemer. Era o fim do sonho da Portuguesa graças a uma desatenção, como bem disse ano depois o volante Capitão: “Lembro que eu olhava para os jogadores do Grêmio, antes do gol, e eles estavam desanimados. Você podia ler (na cara deles): ‘perdemos’. É difícil explicar”, afirmou em entrevista ao site Vice Sports, em 2016.

Não havia mais tempo, o Grêmio era campeão. Porém, a torcida da Portuguesa fez questão de receber seus jogadores em São Paulo como verdadeiros campeões. Era merecido. Afinal, aquela campanha foi memorável com 46 pontos, 14 vitórias, quatro empates e 11 derrotas. Naquele ano, Zé Roberto e Rodrigo Fabri ganharam a “Bola de Prata”, da Revista Placar, graças ao histórico time da Portuguesa de 1996.

Confira nossas últimas notícias no Google News

LEIA TAMBÉM
Torcidômetro: participe e concorra a camisas do seu time toda semana
Futebol

Torcidômetro: participe e concorra a camisas do seu time toda semana

Flamengo lidera o returno após empate com o Atlético-MG
Campeonato Brasileirão Betano

Flamengo lidera o returno após empate com o Atlético-MG

Matheus Pereira vê suas participações em gols despencarem em 2025
Cruzeiro

Matheus Pereira vê suas participações em gols despencarem em 2025

Cruzeiro vira líder em jogos sem sofrer gols neste semestre
Cruzeiro

Cruzeiro vira líder em jogos sem sofrer gols neste semestre

CONTINUE ANTENADO NO FUTEBOL
Receba as últimas novidades em sua caixa de e-mail

O registro implica a aceitação do Termos e Condições

+18 | Jogue com responsabilidade | Aplicam-se os Termos e Condições | Conteúdo Comercial

Better Collective Logo