O goleiro Ederson, do Manchester City e da seleção brasileira, é um dos melhores do mundo com a bola nos pés. De canhota, ele consegue criar jogadas rápidas entre defesa e ataque e essa característica é muito valorizada na Europa.

Ederson, goleiro do Manchester City (Foto: Getty Images)
Ederson, goleiro do Manchester City (Foto: Getty Images)

Inspirado em Rogério Ceni, o goleiro começou a carreira como lateral-esquerdo, mas não era muito bom na posição e foi levado para debaixo das traves pelo ex-jogador Gilberto Lopes, conhecido como Giba, que faleceu em 2020 pela Covid-19.

O menino foi a contragosto, mas tinha talento. Chamou a atenção e foi ao São Paulo por influência de Toninho Rodrigues, treinador da base do clube. Deu certo por um tempo, mas Ederson foi dispensado da equipe sem grandes motivos.

Depois, ele foi a Portugal e as coisas fluíram. Lá, ele foi primeiro à base do Benfica, profissionalizou-se no Ribeirão e disputou três temporadas no Rio Ave antes de voltar ao time hoje comandado por Jorge Jesus. Do Benfica, subiu a escada outra vez e é o homem de confiança de Pep Guardiola no Manchester City.

Essa história tornou-se documentário, criado pelo Manchester City e que será divulgado na Inglaterra e no Brasil. A primeira exibição está marcada para segunda-feira, dia 22 de novembro, às 19h, em São Paulo. O lançamento oficial é em 25 de novembro, nas plataformas do clube.

O projeto mistura imagens da infância de Ederson e do seu crescimento como jogador, além de depoimentos de pessoas que viram ou atuaram junto ao goleiro. Rogério Ceni, por exemplo, opina sobre o talento do atleta: “Não acho que ele seguiu meus passos, acho que ele ultrapassou”, disse.

Outras figuras importantes são o ex-goleiro Júlio César, que encontrou Ederson no Benfica. “Era partida após partida evoluindo, mostrando segurança e o treinador entendeu que ele deveria continuar”, falou. Ederson complementou: “Aí a confiança vai no céu”.

O próprio jogador reconhece que o seu caminho foi complicado, mas que a parte mais difícil é justamente viver o momento atual de sua carreira. “Sei como é difícil ser jogador. Chegar é difícil, mas o mais difícil é você manter [o status]. O goleiro é mais crucificado, mas essa é nossa posição, mas essa é nossa vida”, comenta.

E o último comentário é justamente do companheiro de clube de Ederson, Fernandinho, com quem há uma relação próxima. “Ele atingiu seu ápice físico, técnico e mental. Vamos ver um goleiro extraordinário”.