Você já deve ter ouvido o famoso ditado popular “Tudo que vai, volta”, não é mesmo? No futebol, é normal quando alguém se exalta e dispara críticas contra um determinado tomar uma invertida logo em seguida. Para a torcida, é um prato cheio. No Atlético-MG, umahistória que trouxemuita repercussão nas redes sociais em meio à quarentena por conta do novo Coronavírusfoi a polêmica saída de Rafael Dudamel do comando técnico.
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Demitido em menos de dois meses de casa – após as eliminações vexatórias na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil -, o venezuelanofoi duramente criticado pelo meia Nathan em entrevista à TV Record na última quinta-feira (09).“Dudamel era um técnico que queria muito mandar, mandar e mandar. Ele deixava a gente trancado no CT, alguns jogadores não gostavam disso e acabavam ficando de saco cheio”, reclamou o volante, que também citou multa em caso de atraso para o almoço em horário marcado pelo então treinador do Galo.
Dudamel ficou à frente do Galo por menos de dois meses. Foto: Bruno Cantini / Agência Galo
“Só podíamos almoçar no horário que ele queria. Alguns jogadores gostam de fazer academia após o treino, acabava o treino mas não podiam ir para academia, porque meio-dia tinha o almoço, só que o treino acaba 11h40. Se não chegássemos meio-dia, tinha multa”, completou Nathan. Obviamente as declarações do atleta do Galo chegaram à Venezuela.Em entrevista ao Portal Meridiano Online, do seu país, Dudamel definiu a fala do meia como “covarde”.
“O que queríamos é que todos almoçassem ao mesmo tempo. Um chegavaao meio-dia, outros às 12h30. Isso para mim, como concepção de futebolista, não entrava na minha cabeça. Como seria uma equipe ganhadora se não tinha as mínimas normas coletivas decomportamento?” Essas declarações me soaram covardes, porque minhas portas estavam sempre abertas para o diálogo”, desabafou Dudamel.
Dudamel revelou também que, em reunião com o presidente Sérgio Sette Câmara, chegou a expor sua indignação com a falta de disciplina dos atletas. Dessa maneira, o treinador se viu necessário a se impor dentro do vestiário. Além do atual mandatário, o vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido, também foi alvo das críticas em entrevista posterior ao site GloboEsporte.com.
“Numa reunião com o presidente, eu disse a ele que, com todo respeito, o Atlético que encontrei era um clube social (…)O clube vinha sem ganhar nos últimos anos. Ronaldinhoe outros já tinhamsaído. Havia que recuperar e dar uma ordem a cada espaço. Isso chocou”, concluiu o treinador, que ficou à frente do Galo por apenas 10 partidas.
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“Os dirigentes não sustentaram sua palavra. Foram alvos de muitas críticas e frágeis para poder suportá-las. Conversava muito com o presidente e com o vice-presidente (Lásaro Cândido), um grande contador de histórias, diferente da cara que me mostrava a cada vez que estava nas concentrações, nas viagens, nos treinamentos. Mostrava uma cara de satisfação, de se identificar com o que estávamos fazendo. E, realmente, não era uma cara sincera”, completou Dudamel.