A missão do presidente Sérgio Rodrigues é uma das mais difíceis e complicadas na história do Cruzeiro. A dívida total do clube é de cerca de R$ 803 milhões, com previsão de déficit de R$ 143 milhões em 2020. Sem muitos recursos, a Raposa necessita buscar reforços para a disputa da Série B. A diretoria negocia com o lateral Raúl Cáceres e com o volante Lucas Romero.
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Eleito no final de maio, Sérgio Rodrigues conquistou a confiança da comissão técnica e dos atletas do clube. Em entrevista ao “Superesportes/Estado de Minas”, o presidente afirmou que o pagamento dos salários segue em dia. “Talvez sejamos um dos cinco clubes do Brasil com salário em dia. Não devemos nadas a nossos atletas. Isso demonstra nosso esforço e compromisso nessa viabilização”, declarou.
Sérgio Rodrigues tem uma boa relação com Enderson Moreira. (Foto:Bruno Haddad/Cruzeiro)
A pandemia da Covid-19 abalou os planejamentos iniciais do novo presidente. A paralisação do futebol teve um forte impacto financeiro nos principais clubes do Brasil. Com diversas dívidas, imagina-se que não exista ‘jogadores inegociáveis’ no atual elenco, como Robinho e Edilson, líderes do grupo que tiveram seus contratos rescindidos por conta do alto salário.
“É uma realidade, sem dúvida alguma. O jogador é o principal ativo em curto prazo de um clube. Claro que tentaremos uma venda parcial, ou uma venda na qual o atleta possa ficar aqui. O objetivo maior é pagar o salário em dia e pagar a Fifa. Se precisar vender atletas, vamos vender. Qualquer um”, afirmou.
As dívidas com Rafael Sobis e Pedro Rocha seguem ativas e dentro do prazo de pagamento. Atualmente no Flamengo, a dívida pelo atacante Pedro Rocha é referente ao empréstimo junto ao Spartak Moscou (RUS). O valor é de R$ 2.335.814,08 e o prazo vai até o início de agosto. A pendência com Sobis é mais complicada. O Tigres (MEX) exige quase R$ 12 milhões pela compra do atleta realizada em 2016. A Raposa tem até o dia 15 de julho para quitar a dívida.
“Há clubes cuja dívida não está vencida, e a Fifa tem o procedimento de intimar a pagar num prazo entre 30 e 90 dias. Há clubes que essa dívida não venceu que negociamos direitos de atletas. Outros estão aceitando parcelamento. A de curto prazo, necessária para se pagar para evitar punição esportiva, é a Fifa”, completou o mandatário.