Antes de toda a polêmica após a queda do Cruzeiropara a Série B, Dedé era considerado um ídolo no Cruzeiro. No começo de 2019, a diretoria da época chegou a bater o pé e não vendeu o defensor para o Flamengo; o clube carioca estava fazendo de tudo para contratar o medalhão, mas o negócio acabou não acontecendo porque a torcida pedia nas redes sociais para o atleta não ser vendido, ainda mais para um rival brasileiro.

Foto: Marcelo Alvarenga/AGIF
Foto: Marcelo Alvarenga/AGIF

No entanto, o time naquela época foi caindo de rendimento de forma avassaladora, o zagueiro também se machucou e no final das contas, ele foi considerado um dos responsáveis pela queda da equipe para a segunda divisão. Desde então, o defensor tem sido muito criticado pelos torcedores e a maioria já não o considera mais como um ídolo. Na última semana, finalmente as partes chegaram a um acordo e a rescisão contratual foi feita.

Em entrevista ao programa “Esporte Espetacular”, da TV Globo, Dedé desabafou e falou sobre todos os momentos que viveu quando ainda tinha vínculo com o Cruzeirão Cabuloso. O jogador não curtia as críticas recebidas, mas ressaltou ter um sentimento muito grande pelo clube mineiro, pelos ótimos momentos que passou vestindo a camisa da Raposa e por ter, em algum momento, sido idolatrado pelos torcedores cruzeirenses.

(O rebaixamento) Foi a maior tristeza da minha carreira. Mais que minha lesão. O que eu tenho de sentimento pelo clube é uma coisa muito grande, inexplicado, que vai ficar marcado pro resto da minha vida, dentro do meu coração. É o clube que eu vou amar, amar mesmo como eu amo, eternamente. (…) Muitos torcedores me viram me entregar, assim, comer grama mesmo, jogar machucado, ir pro campo arrebentado, jogar mancando até em 2019 mesmo. Eu já tava com o joelho no risco máximo podendo colocar em risco, em conta, a minha carreira pra tentar ajudar o clube. Me chamar de ingrato, de mau caráter, isso é triste”, disse.

Ainda durante entrevista, Dedé criticou Rogério Ceni. A dupla teve desavença na época do Cruzeiro: “O Rogério não entendeu, que eu queria ajudar ele. No momento, ali, a gente fica eufórico na situação, mas eu tentei ajudar, tentando trazer a galera ali que tava meio que encostada, que havia brigado. Eu odeio ver injustiça, por mais que um tenha motivos para brigar um com outro, eu tento amenizar. Foi o que tentei, e a reposta foi negativa para cima de mim”, completou.