Ronaldo Fenômeno fez novas exigências para concretizar a compra da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro acabou gerando reação de componentes do Clube. De acordo com informações do ‘UOL Esportes’ que teve acesso a uma carta do Conselho Deliberativo do Clube, onde conselheiros fizeram vários questionamentos sobre um acordo que pode prejudicar o Clube Celeste.

– O Conselho deliberativo do clube emitiu uma carta sobre as novas exigências de Ronaldo
© Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro– O Conselho deliberativo do clube emitiu uma carta sobre as novas exigências de Ronaldo

“Entendemos que a negociação é, de um lado, extremamente lesiva e desproporcional ao Cruzeiro, e, de outro, excessivamente benéfica ao Ronaldo, motivo pelo qual buscamos um reequilíbrio de todas as questões envolvidas no negócio”, afirma o documento. A principal contestação do grupo de conselheiros, é que no acordo de venda não prevê que Ronaldo invista R$ 400 milhões, conforme anunciado no momento em que ocorreu o acordo.

Vale ressaltar, que conforme a carta, R$ 350 milhões viriam de receitas geradas pela própria SAF. “Pudemos observar, com lamentação, que Ronaldo (…) ficaria desde o início do processo como detentor de 90% da participação acionária da SAF, com o compromisso de aportar na própria SAF a quantia de 50 milhões de reais no momento em que se desse a concretização do negócio e, 350 milhões de reais, por meio de receitas ‘incrementais’ que seriam geradas para a SAF por meio da gestão do Ronaldo”.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Os conselheiros ainda informaram que Ronaldo não assumiria as dívidas do Clube, em R$ 1 bilhão, sendo necessário assim a reestruturação e liquidação da dívida pelo Cruzeiro. Eles ressaltaram ainda que existe ainda a possibilidade de que a associação tenha que vender as sedes do clube e administrativa, localizadas no bairro do Barro Preto, em Belo Horizonte.

Na última segunda-feira (14), Ronaldo pediu para que incluísse as Tocas da Raposa I e II no negócio e em contrapartida seria realizado o pagamento da dívida tributária do Cruzeiro. Os conselheiros não são contra a cessão, mas ressalta que a equipe teria uma participação reduzida na SAF.“Concluímos que, para o Cruzeiro, caberia, a partir de então, 10% da SAF e o patrimônio imobiliário que restasse após a liquidação do passivo nos moldes determinados pelo Ronaldo”, afirmam.