O mercado da bola não para e os times sempre estão em busca de bons jogadores para reforçar o seu elenco. No Brasil, olheiros observam atentamente o mercado sul-americano para encontrar jovens talentos e leva-los aos principais clubes do Brasil. Muitos desses representantes oferecem os atletas aos times selecionados por eles para os times que estão precisando de uma reposição para um determinado setor. Porém, devido ao nome, altura, ou análises que são feitas de jogos desses jovens, os dirigentes das equipes acabam se recusando em contratar o jogador.
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Muitos astros do futebol europeu que atualmente valem milhões de reais já foram oferecidos a vários clubes brasileiros que não pensaram duas vezes para descartar o jogo por algum motivo financeiro, ou preconceito com o pais em que foi formado ou receio que o atleta não se adapte ao estilo de futebol que é praticado no Brasil. No passado, os times brasileiros perderam a chance de ter um futebol mais competitivo e rentável graças aos antigos diretores de futebol que não pensavam fora da casinha e preferiam dar chance a atleta de dentro do Brasil.
Clubes como Flamengo, Palmeiras, Santos que até pouco tempo tinham administradores no cargo que geriam muito mal o clube foram os clubes que perderam três dos melhores jogadores do mundo. O Mais Querido por pouco não contratou o artilheiro do Barcelona, Luis Suárez, o Verdão por pouco não fechou com James Rodriguez melhor jogador da Copa de 2014, o Peixe ficou por detalhes de Falcão Garcia. Esse são três exemplos de uma lista com 5 astros do futebol que as equipes brasileiras deixaram de lado em um passado não muito próximo.
Luis Suárez no Flamengo (2006)
Luis Suárez foi descartado pelo Flamengo em 2006. Foto: Divulgação/Twitter
Em 2006, o Flamengo atribuiu o ex-jogador Andrade, então olheiro rubro-negro, a observar alguns jogadores promissores do Nacional, clube uruguaio que, na época, estava firmando uma parceria com os brasileiros.
Um desses jogadores era Luis Suárez, então com 19 anos. Ainda sem mostrar o seu melhor futebol, o uruguaio não caiu nas graças de Andrade, que acabou não dando o aval para a contratação.
Curiosamente, seis meses depois, o modesto Gronigen, da Holanda, contratou a então promessa uruguaia por apenas 800 mil euros.
– Não me arrependo, não. Futebol é momento. Naquela época, ele tinha 19 anos. Fui ver um torneio (no Uruguai), e ele não se apresentou bem. Era garoto ainda, inexperiente, e realmente não dei o aval. Tinha outro observador comigo, o pai do Ibson (Laís Silva), e ele também não se empolgou – revelou Andrade em entrevista ao Globo Esporte, em 2013.
Falcão Garcia no Santos (2008)
Falcão Garciafoi oferecido ao Santos por 3 milhões de dolares. Foto: Divulgação Twitter
Já com 22 anos, o colombiano Falcão Garcia, então promessa do River Plate, foi oferecido ao Santos por um valor de transferência de 3 milhões de dólares. Porém, o Peixe, que preparava o time para a disputa da Copa Libertadores de 2008, resolveu apostar em outros nomes do futebol sul-americano. No ano seguinte, o atleta foi vendido ao Porto por US$ 5,5 milhões.
“Eu ofereci ele (Falcão) ao Santos. Tinha contato com o agente que o representava. Ele iria por 3 milhões, 3 milhões e meio de dólares. Só que eles (do Santos) tinham outras opções, queriam trazer um equatoriano, o Quiñones, também teve um argentino (Tripodi) e mais um estrangeiro. Aí, como já tinham contratado esses jogadores, já tinham envolvido algum dinheiro e não dava mais. Depois se arrependeram” – afirmou Roberto Fariñas, responsável por revelar o colombiano para o futebol, ao site ESPN, em 2014.
James Rodriguez no Palmeiras (2009)
Jorginho descartou a contratação do meio-campista em 2009. Foto: Divulgação/Twitter
Em 2009, o então camisa 10 do Banfield, da Argentina, foi indicado ao Palmeiras. Porém, o auxiliar técnico Jorginho, responsável também por observar atletas que poderiam vir a interessar ao clube, não gostou das condições do jogador e descartou a contratação.
“Foi apenas um jogo do Banfield e ele foi trocado no intervalo. Permaneceu 45 minutos em campo. Tinha entre 17 e 18 anos e era uma ‘bolinha’… Ele não era barato. Devia valer US$ 5 milhões na época. Ninguém em sã consciência iria recomendar pagar isso por um jogador tão jovem”, diz Jorginho ao site ESPN, em 2014.
Chicharito Hernández no Internacional (2005)
Por ser menor de 18 anos na época Chicharito não pode jogar no Internacional. Foto: Divulgação/Twitter
Em 2005, quando tinha apenas 16 anos, Chicharito chamou a atenção do Internacional, que procurou o Chivas Guadalajara para uma possível contratação. Apostando no potencial da sua jovem promessa, os mexicanos pediram algo em torno de US$ 1 milhão, mas o valor e os obstáculos impostos pela lei fizeram com que o colorado perdesse o interesse pelo jogador naquele momento “A questão financeira não veio tanto ao caso. O que emperrou foi que estrangeiros não podem vir atuar no Brasil com menos de 18 anos. Fizemos contato, mas ele era menor de idade, tinha que aguardar completar 18 e não valia a pena para a gente”, revelou o então diretor de categorias de base colorado, Jorge Macedo, ao site ESPN , em 2013
Henrikh Mkhitaryan no São Paulo (2003)
Henrikh Mkhitaryannão se adaptou ao São Paulo e voltou para Armênia. Foto: Divulgação/Twitter
Em 2003, o São Paulo firmou um projeto de intercâmbio com o governo da Armênia para trazer três garotos armênios e um técnico ao Brasil para fazer testes. Entre eles estava Henrikh Mkhitaryan, na época com apenas 13 anos.O jovem acabou ficando apenas quatro meses no São Paulo. Avaliado pela comissão técnica, acabou sendo mandado de volta ao seu país. “Ele era o que mais tinha chance de vingar. Corria bastante, era obediente, aprendia rápido, uma coisa meio oriental. E chutava de todo lugar. Só que, de 12 chutes, uns oito iam para fora”, disse o então preparador físico da base do São Paulo, Rodrigo Pignataro, ao jornal Folha de São Paulo, em 2013.