Ricardo Sá Pinto continua à frente do Vasco da Gama. Essa foi a declaração do presidente Alexandre Campello em contato com a reportagem do GloboEsporte.com na noite desta terça-feira (13). A decisão corrobora a atitude do vice José Luís Moreira, o Zé do Táxi, de bancar o português mesmo com enorme pressão de conselheiros em São Januário.
Em dois meses de trabalho, Sá Pinto soma 13 jogos, com apenas duas vitórias, cinco empates e seis derrotas, no período. Vale citar que o treinador ficou isolado por cerca de duas semanas por conta de Covid-19, mas nem isso foi o suficiente para atenuar o clima conturbado dentro do Vasco. Para piorar, nesse ínterim, houve a eliminação na Copa Sul-Americana diante do Defensa Y Justicia dentro de São Januário, que piorou ainda mais os bastidores na Colina.
No último fim de semana, Sá Pinto foi muito criticado pela torcida vascaína pela escalação contra o Fluminense. O gol de Germán Cano nós acréscimos que salvou o Cruz-Maltino com o empate por 1 a 1 não foi o suficiente para minimizar as críticas em cima do português. Demora para fazer as substituições e manter nomes como Andrey e Talles Magno no banco foram o estopim para a diretoria pressionar por uma troca no comando.
Em Portugal, para a negociação do lateral Nathan com o Boavista, o presidente Alexandre Campello bancou Sá Pinto no comando. Aojustificar a demissão de Ramon, à época, o presidente havia dito ao GloboEsporte.com: “Qual seria o momento de fazer a troca? Quando entrar na zona do rebaixamento? Quando a vaca for para o brejo?”
Dessa vez, Campello defendeu o trabalho do Sá Pinto e alfinetou o comando de Ramon, o qual teve uma pré-temporada – por conta da pandemia – para preparar o time. “Agora não conseguimos jogar com o mesmo time duas vezes seguidas. Tivemos vários problemas com a Covid-19, e o treinador quase não teve uma semana cheia para treinar, ao contrário do Ramon que teve a maior pré-temporada que eu já vi no futebol”.
Desde que chegou ao Vasco, Sá Pintotevesomente três semanas cheias de treinospara comandar o Vasco. Por suspensões, lesões, desfalques pela Covid-19 e escolhas, ele não repetiu a escalação uma vez sequer. Na última partida, o português abriu mão do esquema de três zagueiros e escalou uma formação com Leandro Castán e Jadson.
