O ano de 2012 foi uma das grandes temporadas da história do Fluminense. Com um time estrelado, o clube conseguiu conquistar o Campeonato Brasileiro com grande sobra, ao finalizar a competição com 77 pontos, cinco a mais que o Atlético-MG, segundo colocado.
Uma das grandes estrelas daquele elenco foi Wellington Nem, que era tido, na época, como um dos principais atacantes do futebol brasileiro. O jogador foi o vice-artilheiro da equipe, marcando em seis ocasiões; ficou atrás apenas de Fred, também do Flu, que se consolidou com 20 tentos marcados.
Após o grande sucesso, Nem acabou saindo em 2013, onde assinou com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Em 2019, o velocista acabou voltando novamente ao time carioca. Porém, diferente da primeira passagem, o atleta não conseguiu render. Ao todo, foram 20 jogos e apenas um gol marcado.
Enquanto que de 2011 a 2013, foram 80 atuações e 27 tentos marcados. Após águas passadas, em entrevista ao site ‘Net Flu’, o atleta nãoescondeu a chateação e disse que foi ‘sacaneado’, reiterando ainda que teve outras ofertas para voltar ao Brasil, mas preferiu atuar novamente pelo Tricolor.
“Acho que eu tive muito pouco tempo para treinar. Eu vinha de férias de 40 dias. Daí eu treinei uma semana e meia e voltei a jogar. A gente também não estava muito bem, perto da zona de rebaixamento. Quando estava o Diniz eu estava começando a jogar, o cara tinha confiança em mim, eu confiava nele… Fiquei triste por ele ter saído. Depois chegou o Oswaldo, também tive chances, estava bem, ganhando ritmo de jogo. Depois senti contra o Palmeiras, fiquei dois ou três jogos fora. Aí voltei contra o Santos, quando estávamos com um ou dois a menos. Aí Oswaldo foi mandado embora e entrou o Marcão. Aí, quando ele veio, só me colocava 15 minutos num jogo e me deixava três jogos fora. Fazia isso outras vezes. Essa foi a sacanagem que fizeram comigo”, desabafou Nem.
“Entrava quando o time estava perdendo. Acho que não me deram o valor que eu merecia. Fiz de tudo pra voltar, baixei salário. Teve propostas de outros clubes do Brasil que, na ocasião, eram melhores do que a do Fluminense. Mas eu optei pelo meu clube do coração e acabei sendo sacaneado. O futebol é isso. Essas coisas acontecem. A vida é assim”, completou o atacante, hoje no time B do Shakhtar Donetsk.
