Há dois anos no futebol asiático, o atacante Reis já se sente adaptado e projeta fazer história com a camisa do Gwangju, da Coreia do Sul. Antes de chegar à Ásia, o jogador de 29 anos teve passagem de destaque pelo Confiança, time pelo qual somou 17 gols e seis assistências, em 55 jogos, em 2020. No ano seguinte, chegou ao Gwangju e foi a campo 30 vezes, anotando quatro tentos. Na atual temporada, em apenas seis oportunidades, já bateu a mesma marca. E revelou, em entrevista exclusiva ao BolaVip Brasil, que quer mais:

Brilhando no futebol asiático, atacante Reis expõe objetivos na carreira; confira


“No momento eu tenho a meta de construir uma história no futebol asiático. Esse ano, como estou mais adaptado, meu objetivo é ser o artilheiro do Gwangju e buscar a artilharia do campeonato. Outro objetivo é voltar ao Brasil e poder jogar em uma equipe da série A”, disse Reis, comentando ainda como foi seu processo de adaptação no futebol da Coreia. “No começo tive dificuldade para me adaptar ao estilo de jogo, que é totalmente diferente do futebol brasileiro. Os treinos são mais intensos e a duração é maior do que no Brasil. É uma carga extremamente pesada”, relatou.

Além do Confiança, Reis atuou no Brasil por clubes como Criciúma, Vila Nova, Boa Esporte, Caxias, América-RN e Remo. “Recebo mensagens dos torcedores do Confiança diariamente, eu fico muito feliz com esse carinho e dedicação. Mas na verdade também recebo mensagens de torcedores de outros times que também já joguei. Fico muito grato pelo reconhecimento do meu trabalho”, contou o atleta, natural da cidade de Capitão Poço, no Pará. Questionado sobre uma possível volta ao futebol brasileiro, ele não titubeou:

“Penso sim em voltar ao Brasil e também pretendo encerrar a minha carreira em um time brasileiro, se assim for da vontade de Deus”, enfatizou, analisando ainda pontos que diferenciam o esporte no Brasil e na Coreia do Sul. “A diferença é que a maioria dos times aqui jogam mais defensivamente, costumam usar muito a força como tática no futebol. No Brasil usamos mais a técnica e não a força”, falou o atacante. O goleador comentou também sobre o choque cultural que sentiu de imediato na mudança de país, e a convivência com os jogadores locais:

“O momento mais engraçado foi quando cheguei. Fui convidado para jantar com os atletas do clube e chegando ao restaurante vi que tinha de comer com os "palitos" (hashi) e depois do jantar, tomar café gelado, que é um costume dos coreanos. A resenha é boa, com o tempo você aprende a se comunicar com os coreanos. Alguns dizem certas palavras em português, outros falam em inglês, eu também me arrisco a mencionar algumas palavras em coreano e assim tudo se ajeita. No vestiário é parecido como no Brasil, tem muita alegria e energia positiva, alguns atletas gostam mais da resenha, já outros preferem ficar concentrados em algum canto. Os atletas coreanos são receptivos, se você demonstrar respeito e afeto pelo clube”, finalizou.