A passagem do japonês Keisuke Honda pelo Botafogo, em 2020, durou apenas 27 jogos e três gols marcados, e rendeu uma polêmica com o técnico Eduardo Barroca. Em entrevista ao podcastFlow Sport Clube, no YouTube, o ex-comandante do Glorioso abriu o jogo sobre a postura do meio-campista nos bastidores e explicou o motivo de ter “barrado” o camisa 4.
“A gente ia jogar contra o São Paulo na quarta-feira. Na segunda-feira, eu recebo uma mensagem de WhatsApp do Honda. Eu estava com covid em casa. Ele me mandou um vídeo, o tradutor dele me mandou um vídeo meio que se apresentando porque a gente não tinha tido um convívio e também dando uma ideia de como a gente deveria jogar contra o São Paulo“, revelou o técnico.
Diante da tentativa de interferência do japonês na formação da equipe, Barroca optou por tirá-lo da equipe.”O que me relatavam quando eu cheguei ao Botafogo é que ele dava opiniões, que era cultural, ele mexia no quadro tático e o cara***. Eu falei: ‘Vai tomar no c*. Quer montar o próprio time, vai ser treinador do próprio time. Aí, eu falei para o Felipe (Lucena), que era meu auxiliar: tira ele e vamos colocar outro jogador“, adicionou.
Sem poder comandar a equipe, Barroca passou a missão de “barrar” o japonês para o companheiro de comissão técnica na partida que aconteceu no Morumbi. A estratégia para o duelo não funcionou e o Botafogo, que ainda teve um jogador expulso durante a primeira etapa, acabou goleado, para o desgosto de Honda, que assistiu tudo de banco de reservas.
“O Felipe falou para mim: ‘Bem na minha vez, você pega essa po*** de covid e eu vou ter que tirar o japonês?’. Falei para ele se virar. Tirou o Honda. A gente foi jogar contra o São Paulo. O São Paulo fez 2 a 0 rápido e o Benevenuto foi expulso com 20 minutos de jogo. O São Paulo fez 3 a 0. O meu auxiliar disse que nunca um jogo demorou tanto para passar. Ele conta que o São Paulo tocava a bola no campo, o Diniz, do lado, parecia em uma final de Copa, e atrás dele, o Honda está pu**. Não sabia para onde olhar“, completou Barroca.
