Léo Jabá viveu dias obscuros em 2020, quando atuava pelo PAOK-GRE. Após uma controversa cirurgia no joelho e uma séria bactéria contraída durante a recuperação, em que os médicos da equipe grega aventaram inclusive o fim de sua carreira, o jogador se transferiu para o Vasco em março de 2021 e no último sábado (24), na vitória por 4 a 1 sobre o Guarani, teve seu dia de glória e de afirmação de sua superação.

Léo Jabá fez um gol na goleada sobre o Guarani, mas participou dos outros três – Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Léo Jabá fez um gol na goleada sobre o Guarani, mas participou dos outros três – Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Além de marcar um e participar dos outros três gols, Jabá cumpriu algo que não conseguia há muito tempo: terminar uma partida sem ser substituído. O jogador comentou sobre a sensação de voltar a atuar em uma partida inteira, após quase dois anos: “Individualmente, para mim foi muito bom. Depois de dois anos, eu faço uma partida de 90 minutos. Já vinha jogando 80, já tinha feito gol, mas hoje foi especial pela partida, pela vitória, pelo gol e pela assistência. Por tudo. Teve sabor especial porque minha esposa estava cobrando. Eu brincava que ia dar um coração para ela e beijar a aliança. Foi um gol especial”, declarou Jabá.

O atacante também fez questão de ressaltar a importância da vitória, que apresentou ao torcedor cruzmaltino um time consistente. Embora estivesse segurado uma invencibilidade de cinco partidas, o time fazia atuações que não agradavam e era passível de inúmeras críticas: “Foi uma partida importante não só para mim, mas para todos nós jogadores. Pela mudança de comando, a gente tinha que dar uma resposta imediata porque veste uma camisa que tem um peso muito grande e vinha devendo. A gente vinha conseguindo os pontos, mas não conseguia fazer excelentes partidas. Creio que não faltou vontade com todo mundo correndo e ajudando”, detalhou Jabá.

O Vasco apostou em Léo Jabá, tanto, que blindou o jogador quando fechou o empréstimo com o PAOK. No contrato, foi colocado que o clube não poderia chamá-lo a qualquer momento, porém, no começo de julho, os gregos pediram o retorno, mas Jabá foi enfático no seu desejo de permanecer em São Januário, sentimento que surgiu como gratidão ao acolhimento que teve no clube.

Jabá foi bancado por Marcelo Cabo, no entanto, Lisca ‘abraçou’ sua história de superação. O novo comandante do Vasco conversou com o elenco antes da partida contra o Guarani e o atacante apontou o bate-papo como fundamental para mexer com o grupo, fato que refletiu na atuação do último sábado: “Tivemos uma conversa muito boa dos jogadores falando por que jogamos e por quem jogamos. Hoje foi isso: colocamos tudo dentro de campo, e esse é o parâmetro. Não podemos nos acomodar, temos que continuar fazendo isso a cada jogo. É uma maratona, e temos que continuar nessa pegada para voltar ao pelotão da frente e voltar para a Série A”, finalizou o atacante.