O resultado não veio e mais uma vez o Botafogo acabou decepcionando o seu torcedor dentro do Nilton Santos ao empatar em 1×1, o que gerou vaias da torcida após o jogo. Um dos alvos de críticas e que acabou recebendo boa parte da ‘culpa’ pelo gol marcado pelo Juventude, foi o zagueiro Philipe Sampaio. Isso porque o gol que abriu o marcador da partida e deixou o alviverde em vantagem foi marcado após um belo contra-ataque, quando Parede achou Pitta na entrada da área. Ele driblou Philipe Sampaio e deu um chute rasteiro para marcar 1×0 para os visitantes.
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Apesar da opinião popular ser contra o defensor, o comentarista Pedrinho, no “Troca de Passes”, do SporTV, saiu em defesa do jogador e explicou o lance. “Quando a gente fala em bloco, é tudo juntinho. Se você está na fase ofensiva, o bloco tem que estar lá em cima. O Botafogo estava com sete jogadores dentro do campo do Juventude, mas tem um comportamento em que existe distância entre a última linha e o setor ofensivo. O Daniel Borges, até por só ter um jogador do Juventude com Cuesta e Sampaio, tinha que estar colado no Guilherme Parede. Porque ou vai ter leitura de interceptação, ou vai matar jogada ou não vai deixar girar. E os dois defensores deveriam estar na linha do meio-campo. Jogador brasileiro se a sente mais seguro correndo para trás. O Oyama faz o combate, tem uma distância de oito metros do Daniel Borges para o Parede, muito próximo. É bola descoberta, ninguém cobrindo a visão dos defensores”, disse antes de completar:
“Todo mundo diz que Philipe Sampaio está errado, descolou da última linha. Na verdade, está certo, a bola está descoberta, Oyama marcando, ele já correndo para trás. Se estivesse na frente, talvez o Pitta estivesse mais recuado e teria muito campo para correr em um passe longo. Daniel Borges e Cuesta deveriam estar mais atrás. Isso não aconteceu. Sampaio percebe que os caras não desceram e tenta sair, aí vê que não vai dar mais tempo. É a questão do processo, do entendimento. Correr para a frente para os defensores é muito difícil, o hábito é correr para trás. Porque fomos treinados a nos sentir mais seguros próximos ao gol”, concluiu.
A explicação do comentarista foi elogiada pelo colega Paulo Cesar Vasconcellos. “Provavelmente amanhã o Pedrinho estará mostrando os vídeos na sala do CT do Botafogo (risos). Percebam que em nenhum momento ele usou as palavras ‘falha’ ou ‘erro’, usou a palavra ‘hábito’. Você está mudando o hábito, Daniel Borges faz isso há muito tempo na carreira, foi orientado assim. Até na brincadeira na pelada você fala ‘mas ninguém volta’, não fala ‘marca lá’”, brincou PC.