O Botafogo estreou na Copa do Brasil passando sufoco para se classificar. O Glorioso precisou dos quase 10 minutos de acréscimos do árbitro Bráulio Machado no segundo tempo, para empatar a partida com o Sergipe, no Estádio Batistão, em Aracaju, e conseguir avançar no torneio nacional. O zagueiro Adryelson foi o heroi da classificação, empurrando uma bola para o fundo das redes já após os 54 minutos da segunda etapa. O tempo de jogo seguidamente estendido pela arbitragem gerou revolta da equipe da casa e pancadaria após o apito final.
Em mais uma atuação ruim na temporada, o Bota se viu dominado pelos donos casa, especialmente no primeiro tempo. A equipe que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro abriu o placar logo aos 12 minutos, em cobrança de falta do lateral-direito Potiguar. O mesmo jogador cobrou outra falta com muito perigo na etapa final, mas Lucas Perri evitou o segundo gol. Em entrevista pós-jogo, o treinador botafoguense Luís Castro admitiu que os adversários fizeram um jogo melhor e mereceram sair de campo com a vitória.
"Fomos premiados em um jogo que não merecíamos a classificação", cravou o português em entrevista coletiva. Mas, o Botafogo foi para o abafa, sem muito repertório e abusando das bolas cruzadas na área. O goleiro Lucas Perri foi para a área e quase chegou a empatar. Até que, após uma sequência de três escanteios e extensão dos acréscimos, o Glorioso chegou ao empate com Adryelson finalizando dentro da área. O árbitro Bráulio Machado havia sinalizado oito minutos, depois sinalizou mais um. O jogo, portanto deveria ir até os 54' do segundo tempo.
Mas, quando o camisa 34 marcou, o cronômetro já marcava 54 minutos e 44 segundos. Logo em seguida, o confronto foi encerrado. Após o apito final, membros da delegação do Sergipe invadiram o gramado e o presidente do clube da casa, Ernan Sena, deferiu socos ao árbitro do jogo. Em seguida, o mandatário partiu para cima de um dos auxiliares e acabou agredido com um golpe no rosto, com o mastro da bandeirinha sendo utilizado para atingi-lo. A equipe de arbitragem precisou de escolta da Polícia Militar para ir até o vestiário.
