Nesta terça-feira (4), Nenê não era o escolhido para conceder entrevista coletiva no CT Moacyr Barbosa, entretanto, de última hora, o jogador apareceu no lugar do zagueiro Quintero e deu declarações enfáticas, todas, em relação à pressão que paira em São Januário. No centro das explicações, o empate em 1 a 1 com o Tombense, domingo (1), resultado que desagradou a massa vascaína.

- Palmeiras empata com o Cruzeiro em 1 a 1 e é campeão brasileiro
- Em despedida de Fábio Santos, Inter bate Corinthians por 2 a 1
“Precisamos do torcedor. Todos temos que estar na mesma direção. Entendo a torcida, a frustração. Nossa torcida está em todos os lugares. No jogo contra o Tombense, por exemplo, acabamos nos empolgando e nos desorganizando. Não é culpa do treinador, que montou uma estratégia. É culpa nossa”, externou o camisa 10 da Colina.
Na sequência, Nenê fez questão de detalhar a importância do técnico Zé Ricardo e abordou sobre injustas críticas direcionadas a comissão técnica: “Nós não podemos deixar de nos organizarmos. Tomamos um gol no início do jogo. Até eu que sou experiente acabou indo nessa empolgação de querer fazer o gol. Isso aconteceu no primeiro tempo com o Tombense. O Zé conversou conosco no intervalo, entendemos, melhoramos e quase viramos o jogo. Acho que é um peso e uma impaciência que acabam afetando o grupo, e nós acabamos querendo vencer de qualquer maneira, e as coisas não são assim. Não é só culpa do Zé. É claro que ele é o nosso treinador, mas eu falo no meu ponto de vista. No primeiro tempo fomos nós jogadores que erramos e nos desorganizamos. A torcida também tem que entender um pouco isso em relação a comissão técnica. Não é tudo culpa dele”.
Para o camisa 10, o elenco carrega um peso que se acumulou: “Existe toda essa pressão que vem do ano passado. Sinto que às vezes, mentalmente, o time peca por isso, misturando a pressão e entendimento do jogo. Isso afeta. Não culpo o torcedor, que está sofrendo há muitos anos e sofreu muito no ano passado. Mas acaba afetando, é algo que não é conosco. Estão falando que não entramos no G-4 há 40 rodadas. Como, se o campeonato começou nesse ano e tem cinco rodadas. O que aconteceu no ano passado acabou”, detalhou Nenê.
O medalhão terminou a entrevista expondo um fato determinante para a construção de uma caminhada que leve ao acesso para a Série A: “Não temos o time do Bahia que caiu da Série A, manteve a base e está treinando junto há dois anos. Nosso time é novo. Agora que estamos criando uma identidade. E isso acaba afetando. Não é que a gente não quer. Estamos tendo oscilações no início. É uma oscilação normal. Involuntariamente, a pressão acaba afetando. O jogador pensa que a torcida está aí, então vamos fazer isso e acabamos nos desorganizando. O apoio da torcida em Muriáe estava maravilhoso, mas nós nos sentimos desorganizados. Não é culpa do Zé. Precisamos do apoio do torcedor, mas em determinados momentos não podemos deixar de lado a tática. E isso vem acontecendo. Temos que entender o tamanho do Vasco”, concluiu.








