O Cruzeiro estava com tudo engatilhado para não perder tempo com o adeus do técnico Paulo Pezzolano. Agora, com Pepa, a Raposa sofrerá mudanças apesar de uma característica ser em comum entre os dois comandantes: nenhum deles gosta de atuar com aquele camisa 10 clássico, como ficaram conhecidos Alex e Dirceu Lopes.

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A Nação Azul está acostumada a ter um craque coordenando tudo com maestria no meio-campo. O português de 42 anos acredita ser interessante dois meias construindo por dentro e discorda de Pezzolano no esquema de jogo. Enquanto o uruguaio prefere o 4-4-2, o ex-Al Tai normalmente joga no 4-2-3-1.
“Em vez de ter um 10 clássico, gosto de jogar com dois meias por dentro. Gosto mais desta forma, porque confunde um pouco mais o adversário. Em vez de ter um 10 garantido, são dois que aparecem entre as linhas e próximos dos pontas de lança. Gosto de ter sempre um dos dois mais à frente ou os dois ao mesmo tempo e evito que um deles venha buscar a bola. Se o meia pela esquerda estiver baixo (em uma linha mais baixa), teremos um meia pela direita mais subido (à frente)”, sinalizou Pepa ao Footure.
Ele vai além: “Depois, é o que chamo de estrutura móvel, que é o lateral direito, o ponta direita e o meia direita trocando posições muitas vezes. Este triângulo móvel na esquerda e na direita ganha vida própria, é muito dinâmico. A estrutura fixa são os dois centrais, um meia e um ponta de lança. Mas aí (eles) já não têm tanta liberdade, são mais fixos em termos de trocas de posição. O central não vai progredir tanto com a bola”, acrescentou.
Pepa começou a carreira em junho de 2009, comandando o Sub-19 do Taboeira. De lá pra cá, Mister comandou equipes como Tondela, Vitoria SC e Al Tai, este último sendo o desafio mais recente na carreira do gringo como treinador. Na Arábia Saudita, o técnico ficou no período entre junho de 2022 e janeiro de 2023.








