Polêmica na semifinal contra o Botafogo
O Fortaleza Esporte Clube anunciou que pretende entrar com representação na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra a arbitragem da semifinal da Série A2 Feminina. O jogo contra o Botafogo, realizado no Estádio Nilton Santos, terminou empatado e foi decidido nos pênaltis, com vitória das Gloriosas por 5 a 3. A contestação do Tricolor do Pici gira em torno de um gol anulado no início do segundo tempo, que poderia ter mudado o rumo da partida.

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O lance polêmico aconteceu quando Thalita balançou as redes, mas o gol foi invalidado por impedimento. A decisão da arbitragem gerou forte indignação entre jogadoras e comissão técnica, que argumentaram que a jogada era legal. O episódio foi decisivo para o resultado final e motivou a diretoria do Fortaleza a se mobilizar para oficializar uma denúncia. A eliminação deixou um clima de frustração nas Leoas do Pici.
A representação deve ter como alvo a árbitra principal Samia Kelle de Amorim Alves e a assistente número um, Jessica Marciely Laurentino Brasil Guimarães, ambas do Rio de Janeiro. Apesar do auxílio da bandeirinha, a decisão final coube à juíza central, que manteve o impedimento. Durante a reclamação, algumas atletas do Fortaleza alegaram que foram ameaçadas de receber cartão, o que aumentou ainda mais a insatisfação com a condução da partida.

Lance que gerou polêmica. Foto: Reprodução/Tv Brasil
Repercussão nas redes sociais
Após a eliminação, o Fortaleza utilizou as redes sociais para ironizar a marcação da arbitragem. O clube publicou o vídeo do lance acompanhado da legenda: “Impedimento? Semifinal de Campeonato Brasileiro. Não tinha VAR na partida”. A postagem viralizou entre torcedores e gerou grande debate sobre a ausência da tecnologia de vídeo em uma fase tão decisiva da competição nacional.
Enquanto o Fortaleza foca na representação, o Botafogo celebrou a classificação para a final inédita da Série A2 Feminina. Após a disputa de pênaltis, as Gloriosas garantiram presença na decisão contra o Santos. A equipe carioca busca coroar sua campanha com o título e o acesso já assegurado à elite do futebol feminino brasileiro em 2026.
Eliminado da Série A2, o Fortaleza agora volta suas atenções para o segundo semestre da temporada. O clube disputará o Campeonato Cearense e a Copa Maria Bonita, competições regionais importantes para a sequência do calendário. Já em 2026, as Leoas terão o desafio de atuar na primeira divisão do Brasileirão Feminino, retornando à elite com expectativa de evolução estrutural e competitiva.

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Debate sobre arbitragem no futebol feminino
O episódio reacende a discussão sobre a estrutura da arbitragem no futebol feminino, especialmente em competições nacionais. A ausência do VAR em fases decisivas gera questionamentos sobre a isonomia em relação ao masculino. Para o Fortaleza, o gol anulado representa mais do que uma eliminação: simboliza a necessidade de maior investimento em tecnologia e preparação de árbitras para garantir justiça dentro de campo.








