Inovação na arbitragem
A tecnologia de câmeras corporais chegou oficialmente ao futebol paulista feminino. Na terça-feira (12), a árbitra Jéssica Aparecida Milani utilizou o equipamento durante o duelo entre Corinthians e Ferroviária, válido pela 6ª rodada do Paulistão Feminino Sicredi 2025, na Arena Pacaembu. A iniciativa, promovida pela FPF (Federação Paulista de Futebol), levou aos torcedores uma experiência de imersão inédita nas transmissões esportivas.
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O dispositivo, acoplado próximo ao rosto da árbitra, possibilitou que o público acompanhasse as jogadas sob o mesmo ângulo de quem aplica as regras dentro de campo. A produção da transmissão ficou a cargo da própria FPF e foi exibida ao vivo pelo SporTV, que destacou as tomadas diferenciadas e os detalhes que normalmente passam despercebidos pelas câmeras tradicionais.
A inspiração para o uso do recurso veio após a implementação pela Fifa na Copa do Mundo de Clubes de junho de 2025. A federação internacional mostrou como as câmeras corporais capturam momentos impossíveis de serem registrados pelos equipamentos convencionais, reforçando a importância de trazer a novidade para as competições nacionais. A FPF viu no Paulistão Feminino a oportunidade ideal para estrear a inovação no Brasil.
Futebol Feminino. Foto: Pedro Zacchi/AGIF
Repercussão positiva
Embora inédita em jogos oficiais no país, a experiência de aproximar o torcedor da arbitragem já havia sido testada em 2023. Na ocasião, o árbitro Raphael Claus usou uma câmera para registrar o protocolo inicial de uma partida, permitindo que o público acompanhasse a entrada das equipes e o sorteio do campo em primeira pessoa. O sucesso do teste ajudou a pavimentar o caminho para o uso atual.
Após o apito final, Jéssica Milani celebrou o pioneirismo e ressaltou o potencial da tecnologia para aumentar a compreensão das decisões. “A tecnologia permite que o torcedor tenha uma visão privilegiada do jogo, diretamente da perspectiva de quem está aplicando as regras”, afirmou a árbitra, que se mostrou satisfeita com a recepção do público e com a clareza proporcionada pelas imagens.
Segundo a FPF, a estreia no Paulistão Feminino faz parte de um plano mais amplo de modernização das competições estaduais. A entidade pretende utilizar a câmera corporal em torneios como o Paulistão Sicredi 2026 e até em categorias de base, sempre com o objetivo de fortalecer a transparência e o entendimento das decisões de arbitragem.
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Passo importante para o futebol
A introdução das câmeras corporais representa um marco para o futebol brasileiro, especialmente no cenário feminino, que mais uma vez recebe espaço para inovações. Ao aproximar o torcedor da arbitragem e oferecer uma visão única do jogo, a tecnologia abre portas para novas formas de interação, tornando a experiência de acompanhar partidas mais rica e detalhada.
