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Brasileirão Feminino

Desafio pós-acesso: por que mais da metade dos times caem no ano seguinte?

Realidade preocupante para clubes promovidos

Mudanças no regulamento ao longo dos anos

Desde a criação das Séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, em 2017, 52% dos times que conquistaram o acesso à elite foram rebaixados no ano seguinte. De 25 promovidos, 13 caíram. Apesar do crescimento da modalidade e dos investimentos crescentes, essa estatística levanta alertas sobre os desafios enfrentados pelas equipes recém-promovidas à elite do futebol feminino nacional.

Taça Brasileirão Feminino. Foto: Nayra Halm/Staff Images
Taça Brasileirão Feminino. Foto: Nayra Halm/Staff Images

O formato do acesso e do rebaixamento também evoluiu. Em 2017 e 2018, dois e três times, respectivamente, subiam e desciam. A partir de 2019, a CBF igualou ao modelo do masculino, com quatro acessos e quatro quedas. Em 2025, no entanto, a regra mudou: apenas dois clubes serão rebaixados, o que pode representar um respiro para os estreantes na Série A1 deste ano.

Em dois anos (2018 e 2019), todos os promovidos permaneceram na elite, como Internacional, Grêmio e São Paulo. Por outro lado, houve temporadas como 2023, em que todos os quatro promovidos; Athletico-PR, Bahia, Real Ariquemes e Ceará foram rebaixados. Em 2025, Bahia lidera entre os novatos com campanha sólida, enquanto 3B da Amazônia, Sport e Juventude brigam contra a queda.

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Campeonato Brasileiro Feminino. Foto: Pedro Zacchi/AGIF

Campeonato Brasileiro Feminino. Foto: Pedro Zacchi/AGIF

Planejamento é fator decisivo

O América-MG, que subiu em 2023, manteve-se em 2024 graças a uma estratégia bem definida. “A campanha foi sólida e competitiva. O alinhamento de expectativa foi fundamental, bem como o trabalho do dia a dia”, disse Daniel de Paiva, gerente de futebol feminino do clube. Para ele, a permanência na A1 depende menos de regras externas e mais de uma gestão eficiente e estruturada.

Outro exemplo de manutenção é o Fluminense, que subiu em 2023 e ficou em 2024. Amanda Storck, dirigente do clube, destacou a reformulação do elenco como fator crucial. “Sabíamos que a A1 exigiria um nível mais alto. Reformulamos o grupo com atletas acostumadas à competição. O orçamento não é tudo. É preciso ter o elenco certo e uma comissão técnica preparada”, explicou.

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Os desafios vão além do campo: os clubes promovidos precisam lidar com aumento de jogos, viagens e exposição. A adaptação rápida ao ritmo da Série A1, aliada à estrutura interna e montagem do elenco, pode ser determinante para a permanência. A queda não é obrigatória, mas a realidade mostra que os novatos precisam fazer mais do que o básico para sobreviver.

Confira como será a décima primeira rodada do Brasileirão Feminino A1

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A importância do fortalecimento institucional

Mais do que conquistar o acesso, os clubes precisam pensar na sustentabilidade. A criação de departamentos próprios, como fez o Fluminense, e o investimento em comissões técnicas fixas, ajudam a solidificar projetos. O Brasileirão Feminino segue evoluindo, mas a permanência na elite ainda exige maturidade, gestão profissional e estrutura comparável aos grandes da modalidade.

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