Recurso inédito chega ao futebol brasileiro
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quinta-feira (18) a implementação do desafio de vídeo, novidade que será testada nas quartas de final da Copa do Brasil Feminina. A tecnologia também será utilizada nas semifinais da Copa Paulista masculina. A iniciativa, que chega como alternativa ao VAR tradicional, promete ampliar a justiça em lances polêmicos e decisivos.

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O projeto surgiu após convite da Fifa à CBF para testar o Football Video Support (FVS), sistema que dá às equipes o direito de solicitar a revisão de jogadas durante as partidas. O recurso será introduzido no momento em que a Copa do Brasil Feminina entra em fase eliminatória, com jogos únicos e sem possibilidade de prorrogação. A medida busca reduzir erros e aumentar a transparência.
De acordo com o regulamento, apenas o técnico poderá acionar o recurso. Para isso, deve sinalizar com o dedo indicador girando no ar e entregar um cartão específico ao quarto árbitro. Cada equipe terá direito a dois desafios por partida. A intenção é oferecer aos clubes uma ferramenta capaz de equilibrar decisões em jogos sem o suporte do árbitro de vídeo convencional.

Árbitros em treinamento físico. Foto: Reinan Teixeira
Critérios de utilização do recurso
O desafio será contabilizado apenas se a decisão de campo for mantida. Caso a análise da jogada beneficie o time que solicitou a revisão, o desafio não será consumido. Essa dinâmica busca equilibrar o número de pedidos, evitando que técnicos utilizem o recurso de maneira excessiva. Assim, cada decisão ganha um peso estratégico dentro da partida, tornando o jogo ainda mais disputado.
Embora os atletas possam sugerir que o treinador solicite a revisão, apenas o técnico terá autoridade para formalizar o pedido. A comissão técnica também poderá auxiliar na análise, observando os lances de forma imediata. Essa centralização da decisão no comandante da equipe traz responsabilidade adicional para o cargo e pode influenciar diretamente o rumo das partidas.
Para a Copa do Brasil Feminina, a introdução do desafio de vídeo representa um passo importante na modernização da competição. O recurso deve garantir maior confiança às jogadoras e às torcidas, que frequentemente contestam decisões de campo. Além disso, a experiência servirá como referência para a adoção em outros torneios, caso os resultados sejam positivos nos testes iniciais.

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Perspectivas para o futuro da arbitragem
Se bem-sucedido, o desafio de vídeo poderá ser expandido para outras competições nacionais e até mesmo internacionais. O modelo, inspirado em esportes como vôlei e tênis, busca reduzir a margem de erro em decisões cruciais. Com isso, a CBF dá um sinal de que pretende investir em alternativas tecnológicas para aprimorar a arbitragem, aumentando a credibilidade e a justiça no futebol brasileiro.








