Negociações avançam
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trabalha nos bastidores para que a próxima edição da Finalíssima Feminina seja disputada em solo brasileiro. O duelo coloca frente a frente o Brasil, atual campeão da Copa América, e a Inglaterra, vencedora da Eurocopa, em março do próximo ano. Ainda sem sede definida, a entidade entende que o país reúne todas as condições para receber o jogo único. Segundo a organização, o desejo é aproveitar o momento de preparação rumo à Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil.

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Após anunciar a convocação para os amistosos contra Noruega e Portugal, nesta quinta-feira (13), a coordenadora de Seleções Femininas, Cris Gambaré, detalhou o cenário das conversas. Segundo ela, as tratativas envolvem diretamente a seleção inglesa. “Nós já conversamos, até por conta desse último amistoso que nós tivemos, que era importante e é possível ser feita a Finalíssima dentro do Brasil”, afirmou. Gambaré reforçou que a decisão final cabe à Conmebol e à Uefa, detentoras do contrato da competição.
Mesmo com a articulação da CBF, a coordenadora explicou que existe um entrave contratual que costuma favorecer a Uefa, responsável por determinar o país-sede. “Normalmente é a Uefa quem leva, porque tem em contrato essa decisão que é no país, mas infelizmente não somos nós quem decidimos”, ressaltou Gambaré. Ainda assim, ela afirmou que já houve sinalização positiva sobre a possibilidade de a Finalíssima ser deslocada para o Brasil, caso haja entendimento entre as entidades.

Inglaterra x Brasil. Foto: Peter Powell/AFP
Retrospecto e impacto na preparação
O encontro entre Brasil e Inglaterra não é novidade. A primeira edição da Finalíssima Feminina aconteceu em 2023, no lendário Estádio de Wembley, diante de 83.132 torcedores. Na ocasião, as inglesas abriram o placar aos 22 minutos, com Ella Toone completando jogada construída por Lauren James e Lucy Bronze. Pouco depois, James marcou um golaço no ângulo,mas o lance foi anulado por impedimento, mantendo o confronto em aberto.
O Brasil reagiu apenas nos acréscimos da etapa final, quando Andressa Alves aproveitou uma rara falha da goleira Mary Earps, considerada a melhor do mundo, para empatar o duelo. Com o 1 a 1 no tempo normal, a decisão foi para os pênaltis. Adriana e Kerolin converteram suas cobranças, enquanto Tamires e Rafaelle não tiveram a mesma sorte. Lelê defendeu uma batida inglesa, mas não conseguiu impedir a derrota por 4 a 2.
Para a CBF, trazer o duelo ao Brasil representa não só fortalecimento institucional, mas também uma oportunidade esportiva. A entidade acredita que enfrentar a Inglaterra diante da torcida brasileira pode elevar o nível de preparação do time comandado por Arthur Elias. Além disso, a CBF vê a Finalíssima como uma vitrine importante no calendário pré-Mundial, aumentando o engajamento do público e reforçando a visibilidade da modalidade no país.

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Expectativa por definição
Com o calendário internacional se aproximando, a decisão deve acontecer nas próximas semanas. A CBF mantém otimismo, apesar das limitações contratuais entre Uefa e Conmebol. Caso o Brasil seja escolhido, será a primeira vez que a Finalíssima Feminina ocorrerá fora da Europa. Para Cris Gambaré e toda a comissão técnica, o objetivo é claro: “Que seja para o nosso país”, destacou. Agora, a seleção aguarda a confirmação oficial para iniciar os preparativos para o confronto de alto nível.








