Alterações serão detalhadas nos próximos dias
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que realizará mudanças no calendário do futebol feminino. A informação foi divulgada em contato com o Lance!. Segundo a entidade, os ajustes já estão previstos, mas os detalhes e as novas datas ainda serão anunciados oficialmente. A expectativa é que as modificações tragam mais organização e valorização para a modalidade em 2026.

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Na última quarta-feira (24), a CBF apresentou um pacote de alterações significativas no calendário do futebol masculino, incluindo a redução dos campeonatos estaduais, o aumento da duração do Brasileirão e a ampliação da Copa do Brasil. Além disso, foram criadas novas competições regionais, como as Copas Sul-Sudeste, Centro-Oeste e Norte. O anúncio, no entanto, não mencionou o futebol feminino, o que gerou questionamentos sobre possíveis ajustes na agenda das mulheres.
Entre clubes, atletas e dirigentes, há consenso sobre a necessidade de uma reformulação no calendário feminino. As principais reivindicações incluem uma distribuição mais equilibrada das competições, melhor sincronização com o calendário internacional da FIFA, horários mais adequados para transmissões, além de integração entre as categorias de base e o futebol profissional. Outro ponto debatido é a ampliação da duração dos campeonatos A1, A2 e A3, para garantir mais tempo de trabalho e visibilidade.

Brasileirão 2025. Foto: Fabio Souza/CBF
Calendário atual e limitações das equipes
Atualmente, o futebol feminino profissional no Brasil é composto por quatro principais competições: Supercopa Feminina, Brasileirão A1, Brasileirão A2 e Brasileirão A3. A Supercopa abre o calendário, ocorrendo de 9 a 16 de março, enquanto o Brasileirão A1 vai de 23 de março a 14 de setembro. Já o A2 acontece entre 19 de abril e 30 de agosto, e o A3, de 26 de abril a 16 de agosto. O modelo curto e concentrado é uma das críticas recorrentes dos clubes.
Além das ligas nacionais, a Copa do Brasil Feminina, que vai de 14 de maio a 19 de novembro, é outro torneio de destaque. As competições de base, como o Brasileiro Sub-20 e o Sub-17, também fazem parte do calendário e são fundamentais para o desenvolvimento da modalidade. A Liga de Desenvolvimento Sub-16 e Sub-14 completa a lista de torneios nacionais, servindo como porta de entrada para jovens talentos.
A falta de intervalos adequados entre competições e a ausência de um calendário que una base, profissional e seleções são desafios apontados por especialistas. “Precisamos de um planejamento que permita às jogadoras terem mais ritmo competitivo durante o ano inteiro”, afirmou uma dirigente de clube da Série A1. A expectativa é que a CBF apresente soluções para fortalecer o ciclo competitivo, sem sobrecarregar as atletas.

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CBF promete calendário mais justo e sustentável
Com as mudanças anunciadas para o futebol masculino e a confirmação de ajustes no feminino, a CBF busca um modelo mais equilibrado e sustentável. A entidade reforçou que as alterações visam “a valorização do futebol feminino e o aprimoramento da estrutura das competições nacionais”. A divulgação oficial das novas diretrizes está prevista para as próximas semanas, e clubes aguardam com otimismo o novo desenho do calendário.








