Derrota dura na semifinal no Marrocos
A Seleção Brasileira Feminina Sub-17 foi derrotada pela Coreia do Norte por 2 a 0, nesta quarta-feira (5), no Estádio Olímpico de Rabat, e se despediu do sonho do título inédito da Copa do Mundo. Com dois gols da atacante Jong Hyang, destaque da partida, o Brasil acabou eliminado na semifinal e agora voltará a campo para disputar o terceiro lugar. O confronto decisivo está marcado para o próximo sábado (8).

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O time comandado por Rilany Silva enfrentou uma sequência de imprevistos que comprometeram a atuação da equipe. Logo no primeiro tempo, a atacante Gi Iseppe precisou ser substituída por lesão, dando lugar a Dulce Maria. Pouco depois, a zagueira Andreyna foi expulsa por impedir um gol adversário com a mão dentro da área. A arbitragem marcou pênalti, convertido com tranquilidade por Jong Hyang, abrindo o placar para as norte-coreanas.
Mesmo com uma jogadora a menos, o Brasil tentou reagir, mostrando intensidade e disposição para buscar o empate. No entanto, a Coreia do Norte manteve o controle do jogo e explorou os espaços na defesa brasileira. Aos seis minutos do segundo tempo, Jong Hyang voltou a brilhar: aproveitou uma falha defensiva da Seleção e marcou o segundo gol, consolidando a vitória que garantiu às asiáticas uma vaga na grande final do torneio.

Brasileiras caem para a Coreia. Foto: Fábio Souza/CBF
Brasil insiste, mas não consegue reagir
A Seleção Brasileira ainda criou boas chances no segundo tempo, com Kaylane e Ravenna levando perigo ao gol adversário, mas a equipe não conseguiu converter as oportunidades em gols. A goleira coreana fez boas defesas e manteve o placar em 2 a 0 até o apito final. “As meninas lutaram até o fim, mesmo em desvantagem numérica. Agora é levantar a cabeça e buscar esse terceiro lugar, que também é um feito importante”, destacou a técnica Rilany Silva após o jogo.
Apesar da eliminação, a campanha brasileira no Mundial Sub-17 foi histórica e marcada pela superação. Pela primeira vez, o Brasil chegou à semifinal da competição, demonstrando evolução e competitividade diante das principais potências do futebol feminino. A equipe avançou na fase de grupos em segundo lugar, atrás da Itália, goleou a China por 3 a 0 nas quartas e superou o Canadá nos pênaltis para garantir vaga entre as quatro melhores seleções do mundo.
Durante o torneio, nomes como Kaylane, Andreyna e Gi Iseppe se destacaram, mostrando talento e personalidade. O desempenho coletivo, aliado à intensidade defensiva e ofensiva, consolidou a base de um projeto promissor para o futuro do futebol feminino brasileiro. “Essa geração mostrou garra e qualidade. É um aprendizado valioso, e as experiências vividas aqui vão fortalecer essas jogadoras para os próximos desafios”, afirmou Rilany.

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Próximo desafio: o bronze mundial
Agora, o Brasil volta suas atenções para a disputa do terceiro lugar, no sábado (8), às 12h30 (de Brasília), em Rabat. O adversário será o México, que também jogou nesta quarta-feira (5). A equipe segue confiante em encerrar o Mundial com uma medalha inédita e consolidar a melhor campanha da história do país na categoria Sub-17. A torcida brasileira promete apoio total às jovens atletas que representam o futuro da Seleção.








