CBF vê torneio como etapa estratégica para 2027
O Brasil caminha para ser confirmado como sede da Copa América Feminina de 2026, decisão tratada como muito provável nos bastidores da CBF. A Conmebol sinalizou positivamente durante conversas recentes, colocando o país como favorito para receber o torneio. Segundo apuração do ge, o presidente da entidade, Samir Xaud, demonstrou apoio total à realização durante encontros em Lima, onde acompanhou a final da Libertadores Feminina. A competição seria um ensaio importante rumo à Copa do Mundo Feminina de 2027.

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A possível realização do torneio no país surge em um momento de intensa movimentação estrutural no futebol feminino. Com a Copa do Mundo marcada para 2027, o Brasil prepara estádios, centros de treinamento e logística para receber seleções de todos os continentes. A Copa América, portanto, funcionaria como uma espécie de teste operacional, permitindo ajustes antes do maior evento da modalidade. Os jogos seriam disputados nos mesmos locais já previstos para o Mundial, como Maracanã, Mineirão, Arena Castelão e Neo Química Arena.
A Seleção Brasileira chega como atual e maior campeã da Copa América Feminina, reforçando sua força histórica no cenário sul-americano. Ao todo, são nove títulos conquistados, incluindo o mais recente, em 2025, quando a equipe venceu a Colômbia na grande final. Esse domínio amplifica o simbolismo de sediar a edição de 2026, já que o Brasil entraria em campo diante de sua torcida para defender a hegemonia continental. O momento também reforça a confiança da CBF no crescimento técnico e estrutural da modalidade.

Seleção Brasileira. Foto: Lívia Villas Boas/CBF
Bastidores da negociação
Segundo informações do ge, Samir Xaud tratou a candidatura como prioridade ao dialogar com representantes da Conmebol. O dirigente teria reiterado que o país vive ambiente favorável para receber competições de grande porte e que a Copa América fortaleceria a caminhada rumo à Copa do Mundo. As conversas ocorreram em Lima, durante a final da Libertadores Feminina, e foram consideradas produtivas. A boa relação institucional entre as entidades ajuda a impulsionar o Brasil como sede natural.
A competição, que chega à sua 11ª edição, contará com 10 seleções filiadas à Conmebol. Elas serão divididas em dois grupos com cinco integrantes, enfrentando-se em turno único. As duas melhores equipes de cada chave avançam para as semifinais, disputadas em jogo único. As vencedoras seguem para a final, enquanto as derrotadas brigam pelo terceiro lugar. Em caso de empate nas fases eliminatórias, a decisão será definida nos pênaltis, mantendo o padrão adotado nos últimos torneios.
Além de servir como teste para o Mundial, a Copa América Feminina deve impulsionar o calendário nacional e atrair torcedores em diversas capitais. Os estádios escolhidos para 2027 devem repetir presença em 2026, garantindo continuidade na preparação. A expectativa é que o público responda positivamente, já que o interesse pelo futebol feminino cresceu após o ciclo vitorioso recente da Seleção. A competição também deve movimentar o mercado interno, ampliando visibilidade para atletas e patrocinadores.

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Copa América como ensaio para o Mundial
Para a CBF, sediar o torneio continental antes do Mundial cria uma oportunidade estratégica rara. Além de ajustar detalhes logísticos, o evento permitirá avaliar deslocamentos, recepção às delegações e operações de segurança. Dentro de campo, a Seleção busca manter o alto nível demonstrado nos últimos anos, reforçando sua posição dominante no continente. Com expectativa crescente e possibilidade concreta, o Brasil pode transformar 2026 em um marco na história da modalidade.








