O Fluminense voltou a vencer depois de cinco tropeços na temporada e afastou um pouco as críticas sofridas por Fernando Diniz. E treinador, que foi considerado por muitos apaixonados por futebol como o dono do melhor futebol do país no primeiro semestre, já vinha recebendo críticas pelas derrotas do Tricolor. Diniz conversou com o jornalista André Hernan e confessou uma insatisfação sobre esses aspectos do esporte no Brasil.

FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C. – Fernando Diniz treina o Fluminense
© Lucas MerconFOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C. – Fernando Diniz treina o Fluminense
Fernando Diniz é contra o resultadismo

Na opinião de Fernando Diniz, é difícil para um treinador manter uma sequência de trabalho no Brasil pela cultura resultadista. Considerando esse aspecto como um “dos principais problemas” do futebol no país, o comandante do Time de Guerreiros argumentou que nem sempre a melhor equipe vai vencer e esse pensamento não favorece os que constroem um projeto a longo prazo

“Eu acredito que o resultado no futebol é um dos principais problemas para o não desenvolvimento aqui no Brasil de uma maneira mais profunda. É uma dificuldade muito grande de estabelecer aquilo que é bom e aquilo que venceu. Não necessariamente, já aconteceu muitas vezes e vai continuar acontecendo, aquele que vence não necessariamente é o melhor time, que tem mais condição, melhor desempenho, que tem às vezes o melhor trabalho técnico, administrativo…”, analisou Fernando Diniz.

Você apoia o trabalho de Diniz mesmo com os tropeços do Fluminense na temporada?

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Fernando Diniz segue forte contra os críticos

Mesmo trazendo discordâncias pela forma como o treinador de futebol no país é tratado, Fernando Diniz afirma que possui a “vacina” para este problema. O técnico do Flu foi bastante pressionado nas últimas semanas, principalmente após ser eliminado da Copa do Brasil, para o Flamengo. Diniz defende que o futebol brasileiro precisa amadurecer um pensamento ainda “infantilizado”.

“E a vida é boa por conta disso. A vida é um jogo de probabilidades, e dentro delas existe muita incerteza. A gente tem que saber com as incertezas também. Mas não achar que quem perde é um fracassado e quem ganha é um herói, um mágico. Nisso eu acho que temos um pensamento muito infantilizado que perdura ainda. Essa vacina eu tenho ela em dia, sempre”, concluiu o técnico do Fluminense.