Cargo a Bittencourt na SAF
Na última segunda-feira (8), o Fluminense recebeu oficialmente uma proposta para se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), modelo que vem sendo adotado por outros clubes brasileiros. A movimentação já vinha sendo aguardada e gerou grande repercussão entre os tricolores.
- Canobbio tem a temporada mais produtiva da carreira no Fluminense
- Fluminense se divide em dois elencos para o Carioca e Brasileirão
Um dos pontos que mais chamam atenção é a possibilidade de Mário Bittencourt, atual presidente, seguir ligado ao clube mesmo após a mudança. Em entrevista ao jornalista Diogo Dantas, Carlos de Barros, sócio da Lazuli Partners e da LZ Sports, afirmou que o dirigente será convidado para assumir uma função relevante dentro da SAF, com a chance de ocupar até o cargo de CEO.
O que disse os investidores
Na conversa, Barros ressaltou os resultados alcançados pelo Fluminense sob o comando de Mário Bittencourt, apontando essas conquistas como motivo para que o dirigente seja considerado para assumir um posto de liderança na futura SAF.
“A gente gostariam, sim, de contar com o Mário nessa gestão. Ele é um dos principais dirigentes do futebol brasileiro, não tem como negar isso. Ele é. É um fato. E, se ele não estivesse no Fluminense, tenho certeza que ele teria convite para estar em outros clubes. A gente quer contar com ele. Não temos nada fechado com ele, nada negociado com ele. Vamos negociar isso com ele e ele pode estar em N posições ali dentro da diretoria do Clube, inclusive CEO.”, iniciou Carlos de Barros.
Mario Bittencourt, presidente do Fluminense. FOTO DE MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
“A gente não fechou com ninguém, mas obviamente, a gestão do Mário, e vamos lembrar que não é só o Mário, tem ele e toda sua equipe que faz a gestão do Fluminense, foi excelente nos últimos anos. Do ponto de vista esportivo isso é inegável, a gente atingiu a glória eterna com a Libertadores em 23, a gente teve essa participação irretocável no Mundial de Clubes, sem contar as outras participações na Libertadores e os outros títulos que a gente teve, a Recopa, bicampeonato carioca. Do ponto de vista esportivo, foram gestões incríveis para mim como tricolor, e para todos nós como tricolores. E do ponto de vista operacional e financeiro, também foi uma gestão excelente pelo que a gente vem apurando aqui.”, finalizou o empresário.
Mandato de Bittencourt
Mário Bittencourt está no comando do Fluminense desde 2019 e, nesse período, o clube voltou a levantar taças de peso. Entre as conquistas estão dois títulos cariocas, em 2022 e 2023, além da histórica Libertadores de 2023 e da Recopa Sul-Americana no ano seguinte. A equipe também alcançou a semifinal do Mundial de Clubes.
Veja também
Nino faz promessa ao Fluminense para 2026 sobre tentativa de liberação junto ao Zenit, da Rússia
No campo financeiro, porém, o cenário é bem mais delicado. Quando Bittencourt assumiu, a dívida tricolor estava em R$ 645 milhões. Hoje, o montante gira em torno de R$ 865 milhões, número que, segundo o clube, cresceu abaixo da inflação, embora apenas os juros já levassem o total a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão.
