Proposta da SAF do Fluminense
O Fluminense recebeu uma proposta da LZ Sports para a aquisição de 65% da SAF do clube, apresentada durante reunião do Conselho Deliberativo. O projeto prevê um aporte inicial de R$ 500 milhões, além de investimentos anuais planejados, com objetivo de fortalecer a estrutura financeira e esportiva do clube.
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A LZ Sports, braço da Lazuli, reúne mais de 40 investidores tricolores de grande porte, incluindo nomes como André Esteves e membros das famílias Klabin e Almeida Braga. A operação foi estruturada pelo BTG, que conta com Esteves entre seus principais sócios, garantindo suporte financeiro e credibilidade ao negócio.
Carlos de Barros, sócio da LZ Sports e responsável por apresentar a proposta, destacou que o foco do projeto será a performance esportiva e resultados em campo. Ele ressaltou ainda que a proposta representa a maior avaliação já realizada para uma SAF no Brasil, reforçando a ambição e a seriedade do investimento.
Entenda o aporte
Os R$ 6,4 bilhões anunciados na proposta da SAF do Fluminense não representam dinheiro novo integralmente. Esse valor é uma projeção de gastos e compromissos ao longo de 10 anos, que combina diferentes fontes:
- Dinheiro novo garantido pelos investidores: R$ 500 milhões, que entram em parte imediatamente e o restante em até dois anos.
- Receita do próprio clube: boa parte do total de R$ 6,4 bilhões virá do caixa gerado pelo Fluminense ao longo dos anos, como venda de jogadores, bilheteria, patrocínios e outros rendimentos.
- Complementação dos investidores: se a receita do clube não atingir o mínimo planejado para folha salarial, contratações e investimentos, os investidores entram para garantir que o valor mínimo seja cumprido.
Elenco do Fluminense. Foto: Mauricio De Souza/AGIF
Ou seja, os R$ 6,4 bilhões não são um aporte direto de dinheiro novo, mas sim uma combinação de recursos já existentes no clube com compromissos de investimento garantidos pelos investidores, assegurando planejamento e estabilidade financeira da SAF.
Mais detalhes da SAF
A proposta da SAF prevê uma folha salarial entre as três ou quatro maiores do país, partindo de R$ 25-26 milhões e podendo chegar a R$ 28 milhões em 2028, contra os atuais R$ 19,1 milhões. O presidente Mário Bittencourt reforçou que o aporte dos investidores garantirá competitividade financeira ao clube.
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A dívida líquida do Fluminense é de R$ 871 milhões e será reavaliada ao final de 2025. A LZ Sports assumiria o débito na compra, e o percentual da SAF destinado ao clube (34,2%) ou aos investidores (65,8%) dependerá do quanto a dívida for reduzida ao longo do processo.
O futebol e os ativos do clube ficarão sob gestão da SAF, com um Conselho formado por oito membros — seis indicados pelos investidores e dois pelo Fluminense. Esse grupo definirá as diretrizes da gestão, que serão executadas por uma equipe de executivos especializados.
