Após uma trajetória de sucesso como treinador e Abel Braga decidiu se aposentar em abril deste ano após conquistar o título Carioca com o Fluminense, clube em que também se tornou ídolo. O agora ex-treinador busca traçar novos caminhos, Abel garantiu que não pretende retomar a vida como treinador e destacou que estava desgastado com a rotina imposta pela função.
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“Estou com outra cara, não estou?”, comentou Abel em entrevista à Globo. Aos 69 anos, ele também revelou as viagens como principal fator para abandonar a carreira como treinador. “Todo mundo reclama do número de jogos, que é muito grande. Não só o corpo, o mental também. Mas eu não estava aguentando mais esse número de viagens.”, completou.
Apesar de não ter planos como treinador, Abel definiu que sua trajetória no futebol não acabou, ao contrário, desta vez o ex-técnico pretende se desafiar em outra função: a de coordenador técnico. “Não quero ser executivo, não quero ser diretor técnico, quero ser coordenador técnico. Não quero fazer negociações, por exemplo. Há uma diferença muito grande entre as funções. Eu posso colocar em prática tudo que aprendi. Quero dar respaldo para o técnico, para a comissão técnica e para os jogadores. Se o comportamento de um jogador não está condizente com aquilo que se espera dele, para quê o treinador vai lá se desgastar? Sou eu.”
Abel recordou a situação vivida no Fluminense quando a chegada de Paulo Autuori facilitou seu dia a dia como treinador. “Eu vivenciei isso um pouco com o Paulo Autuori no próprio Fluminense. Estava uma situação financeira muito crítica e vinham todo dia em mim. “Professor, não saiu o salário”… “Professor, não pagaram o bicho”… O Paulo chegou e não escutei mais nada daquilo. Fiquei leve. É exatamente aquilo. Eu sei o peso que tiraram de mim. Também sei o peso que posso tirar dos ombros de muitos treinadores. Vamos ver, a vida vai seguir”, finalizou.