Após as derrotas para o Atlético Mineiro, Atlético Goianiense e América Mineiro, o Fluminense entrou em uma crise em que todos são questionados. Se Fernando Diniz sofre críticas por não trabalhar tão bem o sistema defensivo e os atacantes para terem parado de marcar gols, o presidente Mário Bittencourt também vem sofrendo ataques dos torcedores do Fluzão por vender jogadores da base por preço baixo.
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Em entrevista, o presidente falou sobre o assunto e colocou a limpo o porquê tem que por muitas vezes liberar os jogadores que vem da base logo que começam a fazer sucesso no time principal. No entendimento do mandatário, o Flu desfaz o jogador pelo preço que o mercado paga, ou seja, o Clube está apenas seguindo normas e se não atendê-las pode se prejudicar financeiramente, uma vez que o Flu depende muito das vendas para poder se manter saudável.
“Vendemos pelo que o mercado paga. As pessoas dizem que o Fluminense vende por menos do que deveria. O Flamengo acabou de vender o Lázaro e o Rodrigo Muniz por valores abaixo das vendas do Fluminense. Eles, em tese, precisam menos de dinheiro do que nós, mas vendem por um motivo diferente do nosso. O deles é que tem dinheiro para contratar jogadores caros e usa menos os da casa. A gente vende porque fábrica muito mais e utiliza muito mais, então as propostas chegam com mais frequência. Os jogadores da base estão sempre no time titular. As propostas são dentro dos valores de mercado que o Fluminense recebe. Vai ter um ou outro fora da curva”, disse Bittencourt que usou exemplo do Atlético Mineiro para defender a sua convicção.
Mário Bittencourt vendeu nessa temporada Luiz Henrique, um dos jogadores mais promissores de Xerém por um valor abaixo do esperado para a torcida do Fluminense. Foto: Mailson Santana
Mário Bittencourt vem fazendo uma boa gestão no Fluminense?
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“Vê a venda do Savinho, do Atlético-MG, que era a maior joia da base e foi por menos do que o Luiz Henrique. O Gabriel Veron, vendido na soma de performance e fixo por menos do que vendemos. Não é uma competição de quem faz melhor. Você vende de acordo com o mercado, como está de dinheiro, a pandemia interfere. Acho que a frase não é vender melhor, mas com o tempo poderemos vender melhor porque poderemos correr o risco de não vender. São duas coisas diferentes”, ponderou Bittencourt que finalizou dizendo que as vendas são 55% do faturamento do Flu e se a equipe quiser vender menos as Crias de Xerém, será preciso arrumar um investidor em breve.
“Precisamos analisar as propostas com mais atenção e fazer as vendas porque essa venda ainda é 55% do faturamento do Fluminense e de vários outros clubes. Por isso queremos buscar o investidor para minimizar e aumentar o risco de não aceitar uma proposta”, concluiu o presidente.