Botafogo e Flamengo nutrem uma rivalidade natural, porém, o empresário John Textor não hesitou em fazer elogios públicos ao presidente do rival, Rodolfo Landim. O empresário norte-americano revelou que se aproximou do mandatário rubro-negro durante o processo da Libra.

Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
© Jorge Rodrigues/AGIFFoto: Jorge Rodrigues/AGIF

“Lembro que nós escolhíamos as datas e dizíamos ‘Ok, vamos tentar essa solução com todos os 40 clubes’. As datas passavam, havia mais desculpas e pouco progresso. Às vezes, era um passo à frente e dois para trás, e adiávamos. Me lembro de uma brincadeira, quando falei ao telefone com Rodolfo Landim e escolhemos o aniversário dele, 24 de março e não cumpriram”, recordou.

O dono da SAF do Botafogo ainda afirmou que torce pelo fim das “briguinhas” entre os dirigentes brasileiros. “Ganhei muito dinheiro com tecnologia, televisão nos Estados Unidos e streaming de conteúdo acessível em todo o mundo. Falei sobre promover o produto do futebol brasileiro para o mundo. Quero divulgar a marca do Botafogo para o mundo, não consigo fazer isso apenas pelo Instagram. Tenho que ter total controle, comprometimento e investimento em minhas propriedades de mídia e acredito que deveria fazer isso com a Liga Brasileira. Queria o fim dessas briguinhas”, declarou em entrevista ao GE.

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF | Rodolfo Landim

Foto: Thiago Ribeiro/AGIF | Rodolfo Landim

Textor ainda pontuou que o Flamengo tem sido flexível com relação à cláusula de unanimidade estabelecida para possíveis mudanças na forma de distribuição de receitas nos blocos. “Nenhum clube grande vai simplesmente dar dinheiro para os clubes pequenos e subsidiar a liga. E ainda assim, o Flamengo tem sido muito flexível reduzindo, mesmo sabendo a porcentagem que deveriam ganhar com base no tamanho deles”, disse o norte-americano.

“Eles ajustaram a garantia mínima que receberiam, isso poderia impactar negativamente seus números em comparação com o que tradicionalmente obtém com a Globo. Sei que são muito difíceis de lidar porque são grandes, bem-sucedidos e têm 40 milhões de torcedores, mas Rodolfo tem sido incrivelmente razoável como parceiro do processo e, ainda assim, perdemos todos esses prazos”, prosseguiu.

Textor não cedeu ao falar do Flamengo, mas não escondeu seu respeito pelo mandatário rubro-negro. “Eu não gosto do Flamengo em campo, mas tenho muito respeito por Rodolfo e sua liderança. Acho que ele tem feito tudo o que pode para unir esta liga e vejo as pessoas ficando com raiva dele e falando sobre problemas de cinco anos atrás. Isso tudo é um absurdo para mim”, declarou.